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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Imagem holográfica poderá detectar sinais de vida no espaço

Caro Leitor(a),

Imagem holográfica poderá detectar sinais de vida no espaço
Dizer o que está vivo no meio de uma infinidade de partículas microscópicas não é uma tarefa tão fácil quanto parece. [Imagem: Manuel Bedrossian et al. - 10.1089/ast.2016.1616]
Busca por vida extraterrestre
Desde o programa Viking da NASA, no final da década de 1970, nenhuma sonda espacial foi lançada para procurar explicitamente por vida extraterrestre - isto é, por organismos vivos reais. Em vez disso, o foco tem sido encontrar água.
Acontece que a lua Encélado, de Saturno, tem muita água, equivalente a um oceano terrestre, embora escondida sob uma concha gelada que cobre toda a superfície. Isso já é suficiente para transformar Encélado no alvo número um na busca por vida extraterrestre - vida microbiana, diga-se de passagem.
Uma das ideias sendo consideradas consiste em fazer uma sonda espacial voar através dos gêiseres ejetados pelo oceano subterrâneo de Encélado e procurar organismos vivos nesse vapor de água.

Contudo, embora encontrar bactérias em uma amostra de água no laboratório seja simples, criar um aparelho que faça isso automaticamente e com segurança a bilhões de quilômetros da Terra não tem nada de simples.
"É mais difícil distinguir entre um micróbio e um grão de poeira do que você pode imaginar," disse Jay Nadeau, astrobióloga do Instituto de Tecnologia da Califórnia. "Você precisa diferenciar o movimento browniano, que é o movimento aleatório da matéria, e o movimento intencional e autodirigido de um organismo vivo".
Microscopia holográfica digital
Para detectar o movimento de um ser vivo, a pesquisadora propõe usar uma técnica chamada microscopia holográfica digital, devidamente adaptada para detectar micróbios vivos no espaço por meio do seu movimento.
"Observar padrões e a química é útil, mas acho que precisamos dar um passo atrás e procurar por características mais gerais dos seres vivos, como a presença de movimento. Ou seja, se você vê uma E. coli, você sabe que ela está viva - e não é, digamos, um grão de areia - por causa do jeito que ela se move," defende Nadeau.
Imagem holográfica poderá detectar sinais de vida no espaço
Se a "coisa" se mover é muito mais fácil detectar o movimento para saber que se trata de um ser vivo. [Imagem: Manuel Bedrossian et al. - 10.1089/ast.2016.1616]
Na microscopia holográfica digital, um objeto é iluminado com um laser e um detector mede a luz refletida pelo objeto. Essa luz dispersa contém informações sobre a amplitude (a intensidade) da luz dispersa e sobre a sua fase (uma propriedade que pode ser usada para indicar a distância que a luz viajou após a dispersão). Com as duas informações, um programa de computador pode reconstruir uma imagem 3-D do objeto, uma imagem que pode mostrar o movimento através das três dimensões.
"O microscópio holográfico digital permite que você veja e acompanhe até os mais minúsculos movimentos," esclarece Nadeau. Além disso, marcando potenciais micróbios com corantes fluorescentes que se ligam a classes de moléculas que provavelmente serão indicadoras de vida - proteínas, açúcares, lipídios e ácidos nucleicos - "você pode dizer de que os micróbios são feitos," acrescentou.
Testes e incertezas
A equipe de Nadeau já testou o método em amostras de água do Ártico e conseguiu detectar organismos vivos com densidades populacionais de 1.000 células por mililitro de água, semelhante ao que existe em alguns dos ambientes mais extremos da Terra, como os lagos subglaciais - para comparação, o oceano aberto contém cerca de 10.000 células bacterianas por mililitro. O próximo passo será testar amostras de água da Antártica, que possui ainda menos micróbios.

A técnica é promissora, mas certamente não será a única a ser embarcada em uma missão a Saturno, tipicamente demorada e de alto custo, porque ela tem alguns pressupostos bastante incertos. Por exemplo, se há micróbios no oceano profundo de Encélado, será que os micróbios conseguem sobreviver a uma viagem ao espaço no meio dos gêiseres, para continuarem se movendo? E, em caso afirmativo, será que uma sonda conseguiria coletar amostras sem matar esses micróbios?

Redação do Site Inovação Tecnológica -  

Bibliografia:

Digital Holographic Microscopy, a Method for Detection of Microorganisms in Plume Samples from Enceladus and Other Icy Worlds
Manuel Bedrossian, Chris Lindensmith, Jay L. Nadeau
Astrobiology
DOI: 10.1089/ast.2016.1616



“O conhecimento torna a alma jovem, pois, colhe a sabedoria”.


Obrigado pela sua visita e volte sempre!


Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Pesquisador Independente das Ciências: Espacial; Astrofísica; Astrobiologia e Climatologia, Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency.






quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Materiais monoatômicos agora com multitarefa

Caro Leitor(a),

Redação do Site Inovação Tecnológica -  

Materiais monoatômicos multitarefa
O material híbrido forma uma estrutura de triângulos alternados, cada tipo com suas próprias funcionalidades. [Imagem: Yu-Yang Zhang/Chinese Academy of Sciences]
Materiais 2D multitarefa
Materiais formados por uma única camada atômica, como o grafeno, podem ser multitarefa.
Essa possibilidade é o resultado de um novo processo que produz naturalmente monocamadas atômicas padronizadas que podem servir de base para a criação de uma grande variedade de materiais com mais de uma capacidade - óptica, magnética, catalítica ou de detecção (sensores).
"Materiais padronizados abrem a possibilidade de ter duas funcionalidades em um único material, como catalisar uma reação química enquanto servem simultaneamente como sensor para um segundo conjunto de moléculas," explicou o professor Sokrates Pantelides, da Universidade Vanderbilt, nos EUA, que coordenou a pesquisa com o professor Hong-Jun Gao, da Academia Chinesa de Ciências.
"Claro, você pode fazer isso usando dois materiais lado a lado, mas os materiais padronizados oferecem toda uma gama de novas opções para os projetistas de dispositivos," acrescentou Pantelides.
Apenas para lembrar, os materiais padronizados - que têm uma estrutura atômica com um padrão definido -, também conhecidos como materiais bidimensionais, incluem não apenas os mais conhecidos grafeno e molibdenita, mas também o fosforenoestanenogermanenosiliceno e outros.
Calcogenetos
Embora o grafeno seja o mais famoso dos materiais padronizados, por conta de sua descoberta ter sido premiada com o Prêmio Nobel, em eletrônica ele tem ficado para trás porque tem sido muito difícil controlar suas propriedades químicas e elétricas.
A dianteira foi tomada pelos calcogenetos - a família da molibdenita -, materiais que contêm enxofre, selênio ou telúrio, conhecidos por suas propriedades ópticas, elétricas e térmicas amplamente variadas.
Materiais funcionalizados
A equipe criou seus materiais monoatômicos multitarefa juntando dois calcogenetos (platina-selênio e cobre-selênio), que se combinaram naturalmente com uma precisão em nanoescala, formando triângulos alternados com diferentes fases: metálicos e semicondutores.
Como cada fase tem diferentes propriedades elétricas e químicas, dois tipos diferentes de moléculas podem se ligar à superfície do material híbrido, permitindo que ele execute duas funções simultaneamente.
"Em geral, os materiais 2D são 'funcionalizados' para aplicações específicas adsorvendo diferentes espécies de átomos ou moléculas ou incorporando impurezas na sua estrutura cristalina de outra forma perfeita, da mesma forma que os semicondutores como o silício são funcionalizados por dopagem com impurezas, o que permite a fabricação de dispositivos eletrônicos, como os circuitos integrados dos computadores.
"Nosso novo trabalho amplia o domínio dos materiais 2D com um passo importante. Ele demonstra uma maneira de fabricar materiais 2D que permitem que as duas fases do material sejam funcionalizadas de forma independente," explicou Pantelides.

Bibliografia:

Intrinsically patterned two-dimensional materials for selective adsorption of molecules and nanoclusters
X. Lin, J. C. Lu, Y. Shao, Y. Y. Zhang, X. Wu, J. B. Pan, L. Gao, S. Y. Zhu, K. Qian, Y. F. Zhang, D. L. Bao, L. F. Li, Y. Q. Wang, Z. L. Liu, J. T. Sun, T. Lei, C. Liu, J. O. Wang, K. Ibrahim, D. N. Leonard, W. Zhou, H. M. Guo, Y. L. Wang, S. X. Du, S. T. Pantelides, H.-J. Gao
Nature Materials
Vol.: 16, 717-721
DOI: 10.1038/nmat4915


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Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Pesquisador Independente das Ciências: Espacial; Astrofísica; Astrobiologia e Climatologia, Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency.











quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Nave para viagem interestelar vai ao espaço pela primeira vez

Caro Leitor(a),

Nave para viagem interestelar vai ao espaço pela primeira vez

Nave para viagem interestelar vai ao espaço pela primeira vez
Esta pode ser a aparência das primeiras naves interestelares terráqueas. [Imagem: Breakthrough Prize/Divulgação]
Nave para viagem interestelar
Quem pensava que enviar naves espaciais a outras estrelas estava mais para a ficção do que para a realidade está começando a reavaliar seus conceitos.
Pouco mais de um ano depois de lançar a ideia de enviar nanonaves do tamanho de cartões de crédito ao sistema Alfa Centauro, a iniciativa Starshotenviou seus primeiros protótipos ao espaço.
Um foguete lançado pela Índia colocou em órbita seis desses satélites em miniatura, batizados de Sprites(duentes ou fadas).
Dois deles foram anexados ao lado de outros satélites maiores: o satélite Latvian Venta, da Universidade Ventspils, da Letônia, e o satélite italiano Max Valier. Assim que as comunicações forem estabelecidas e testadas, o satélite Max Valier lançará os outros quatro Sprites para que eles possam orbitar por conta própria.
Até agora o satélite italiano tem apresentado problemas de comunicação, impedindo o prosseguimento do experimento, mas o primeiro Sprite já enviou seus sinais de forma autônoma.
Nave-chip
Cada Sprite consiste em uma placa de circuito impresso medindo 3,5 centímetros de cada lado e pesando quatro gramas. Apesar de serem minúsculos, os Sprites carregam vários instrumentos. Cada um tem um microprocessador, painéis solares, um magnetômetro, um giroscópio e um rádio para se comunicar com os pesquisadores em terra.
Cada nanossatélite custa apenas US$25 - sem contar o custo de lançamento -, o que poderá abrir novas formas de realizar experimentos de observação da Terra, até que eles estejam finalmente prontos para uma missão interestelar.
Para esse objetivo de longo prazo, cada Sprite será ligado a uma vela solar de um metro de diâmetro, compondo uma nave batizada de StarChip, um trocadilho em inglês entre starship (nave espacial) e um chip enviado a outra estrela.
Viagem interestelar
O projeto Starshot afirma que poderá fazer seus StarChips chegarem a Alfa Centauro em 20 anos, eventualmente fotografando o exoplaneta Próxima b, o mais próximo de nós que conhecemos.
Contudo, outros pesquisadores já demonstraram que, para uma missão que valha a pena, será necessário dar às nanonaves uma forma de brecar, o que poderá elevar o tempo da missão para mais de 60 anos.


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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Setor elétrico dos EUA espera ansiosamente por eclipse

Caro Leitro(a),

No fim das contas, o eclipse solar, que deverá mergulhar algumas regiões dos EUA em uma escuridão total na segunda-feira, oferecerá exatamente o que o setor de energia vem procurando: um cenário completamente previsível para experimentos.
Não é comum que as operadoras da rede elétrica, distribuidoras e geradoras de eletricidade recebam um aviso tão antecipado e preciso a respeito de uma queda repentina de mais de 12.000 megawatts na oferta de energia solar em seus sistemas. E algumas delas estão ansiosas por isso — como forma de testar as plantas, os softwares e os mercados ajustados nos últimos anos na expectativa do dia em que a energia renovável se transformará na principal fonte de eletricidade do mundo.
David Shepheard, diretor-gerente da consultoria Accenture, vê a situação da seguinte forma: o eclipse é o “ensaio geral previsível” para a rede de energia do futuro. Será o teste perfeito, diz ele, “para a operação da rede quando o sol não brilhar e o vento não soprar”.
Distribuidoras, geradoras de energia e operadoras de rede estarão analisando o desenrolar do eclipse.
Previsão perfeita
Charlie Gay, diretor da SunShot Initiative, do Departamento de Energia dos EUA, acredita que o eclipse oferecerá uma validação instantânea dos modelos de projeção de energia que estão em desenvolvimento. O departamento está trabalhando com o Laboratório Nacional de Energia Renovável dos EUA e com operadoras de rede para melhorar os controles de software que equilibram oferta e demanda quando o continente escurecer.
“Isso nos dá um teste para os modelos”, disse ele. Usando dados de satélite e mapas das localizações das plantas solares, o grupo espera conseguir casar as projeções com o que realmente ocorre antes, durante e após o eclipse.
Operadoras de rede como PJM Interconnection e Southwest Power Pool estão, de forma similar, usando o eclipse para medir de forma exata o nível de energia solar presente em seus sistemas e melhorar seus modelos de oferta para o próximo eclipse, em 2024.
A proliferação dos chamados medidores inteligentes, dos equipamentos de gerenciamento de energia e dos softwares ajudou a fornecer aos operadores das linhas de energia informações melhores sobre as residências e empresas que abastecem. Algumas distribuidoras atualmente podem controlar os aparelhos de ar-condicionado de seus clientes usando dispositivos remotos, ajudando-os a reduzir a demanda em meio a condições climáticas extremas.
A necessidade de software e tecnologia desse tipo só tem crescido, porque os painéis solares cada vez mais transformam consumidores em minigeradores. Inversores “inteligentes” agora podem ajudar a equilibrar a voltagem e a frequência provenientes dos painéis solares.
As redes e as distribuidoras “estão, francamente, virando empresas de tecnologia” devido à necessidade de computar grandes quantidades de dados para operar de forma mais eficiente, e este eclipse “é um pouco como o Y2K [bug do milênio]”, disse Austin Whitman, diretor de assuntos regulatórios da FirstFuel Software em Boston.
O fenômeno dará às operadoras de rede uma chance de ajustar seus kits de ferramentas para lidar com grandes oscilações de energia solar e eólica, informou Gay, do Departamento de Energia. O armazenamento em baterias pode acabar desempenhando um papel mais importante porque oferece mais flexibilidade, disse Shepheard, da Accenture.
Fonte: BLOOMBERG 17 DE AGOSTO, 2017 - Por Naureen S. Malik, Christopher Martin e Mark Chediak.

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Eclipse do Sol será mega evento nos EUA e poderá ser visto no Brasil

Caro Leitor(a),


Eclipse do Sol será mega evento nos EUA e poderá ser visto no Brasil

Na segunda-feira, dia 21, a lua encobrirá totalmente o Sol e projetará uma grande sombra sobre todo o território dos EUA. Sob uma estreita e longa faixa de dimensões continentais, o dia se transformará em noite e estrelas e planetas poderão ser vistos em pleno dia.
Eclipse total do Sol
Foto do eclipse solar total ocorrido em 2008, clicado pelo astrofotógrafo Miloslav Druckmuller sobre o Mar Negro.
O eclipse será total, quando a Lua encobre todo o disco solar e será visível na América do Norte, América Central, Caribe, norte da América do Sul e ao oeste da Europa e da África.
A totalidade do eclipse será visível dentro de um corredor estreito através dos Estados Unidos. A maior duração da totalidade será de 02m44s sob a Floresta Nacional Shawnee, ao sul de Carbondale, Illinois.
No Brasil, o evento será observado parcialmente, principalmente nos estados da Região Norte e Nordeste. A tabela abaixo mostra os horários de observação nas capitais brasileiras.

Horarios do eclipse solar de 21 de agosto de 2017.
Horarios do eclipse solar de 21 de agosto de 2017. Cobertura se refere à porcentagem do disco solar encoberto pela lua.

ATENÇÃO
Nunca olhe diretamente para o Sol. Não use chapa de raios-x, filmes velados, disquetes antigos de computador, CD ou DVD. Na falta de óculos especial para observação solar, use óculos ou lente de soldador número 14. Olhar diretamente para o Sol o deixará cego. Não seja teimoso.

Quando acontece o Eclipse
O eclipse terá início às 15h46 UTC (12h46 pelo Horário de Brasília), quando a borda da Lua tocar o disco solar. Isso acontecerá sobre o oceano Pacífico central. A primeira localidade terrestre a presenciar o eclipse totalmente será a cidade de Salem, no estado norte-americano do Oregon. A última localidade será Charleston, na Carolina do Sul.

Caminho da sombra da Lua durante o eclipse solar de 21 de agosto de 2017
Caminho da sombra da Lua durante o eclipse solar de 21 de agosto de 2017

Caos nos EUA
Devido à magnitude do eclipse, que poderá ser observado em todos os EUA, com a sombra da Lua caminhando sobre todo o território americano, autoridades daquele país estão alertando para a ocorrência de grandes congestionamentos, já que milhões de pessoas viajarão para as áreas centrais, onde o eclipse poderá ser visto em sua plenitude.

Como ocorre um eclipse total do Sol
Um eclipse solar total acontece sempre que a Lua se posiciona exatamente entre o Sol e a Terra, bloqueando completamente o disco da estrela. Nestas condições o céu se torna completamente escuro e estrelas e planetas podem ser vistos durante o momento da totalidade.

O eclipse total ocorre com a Lua no perigeu ou próximo dele, ou seja, quando está mais próxima da Terra. Quando está mais afastada seu tamanho aparente não encobre completamente o disco solar e um arco luminoso é observado ao redor da Lua. Nestas condições o eclipse passa a ser do tipo parcial.

Fonte: http://www.apolo11.com/
Editoria: Astronomia 
Sexta-feira, 18 ago 2017 - 11h01 



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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Podemos construir uma Internet Galáctica - mas levaria 300.000 anos

Caro Leitor(a),

Podemos construir uma Internet Galáctica - mas levaria 300.000 anos

Internet Galáctica pode ser construída em 300.000 anos
Já existem mapas mostrando para quais pontos no céu a Terra seria visível por meio do trânsito planetário.[Imagem: René Heller/Ralph Pudritz]
Internet galáctica
Embora ainda não tenhamos conseguido detectar qualquer sinal de uma civilização alienígena, o professor Duncan Forgan, da Universidade St Andrews, no Reino Unido, acredita que já está na hora de pensarmos em uma internet galáctica, para trocarmos informações com todas as civilizações inteligentes que presumivelmente existem apenas na Via Láctea.
Pelo que saibamos, nada pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz. Se cobrir as distâncias enormes entre as estrelas, distâncias estas medidas em anos-luz, não fosse desanimador o suficiente para qualquer interessado em estabelecer uma rede social que inclua os ETs, a impossibilidade prática da geração de potência suficiente para transmitir um sinal poderia colocar um fim prematuro na empreitada.
Mas o professor Forgan tem uma ideia simples para superar esse problema: usar o Sol como um farol.
Sinais de luz
Da mesma forma que os operadores de aviões e trens usam luzes intermitentes como sinais, poderíamos manipular a luz do Sol, o que funcionaria de forma similar a balançar a mão na frente de uma lanterna para enviar uma mensagem por código - código morse, por exemplo.
Como uma mão não seria suficiente, o professor Forgan sugere laçar uma grande manada de asteroides, ou minerar um pedaço de Mercúrio, para construir uma folha de tamanho planetário para orbitar o Sol.
Outra ideia, mais viável, seria usar lasers superpoderosos para mudar a forma como os trânsitos da Terra - nossa passagem à frente do Sol em relação aos ETs - aparecem para outros mundos, adicionando uma mensagem codificada em luz à sombra do nosso planeta. Curiosamente, outros astrônomos, com preocupações diferentes em relação aos ETs, propuseram recentemente usar o mesmo esquema baseado em lasers para esconder a Terra dos alienígenas.
Internet Galáctica pode ser construída em 300.000 anos
Alguns astrônomos defendem que vamos encontrar vida no espaço neste século, enquanto outros defendem que precisamos procurá-la em planetas roxos ou em aglomerados estelares. [Imagem: E. Sanromá et al.]
Complicações e tempo
Sim, seria complicado, mas o pesquisador acredita que vale a pena pensar em uma rede de comunicações galáctica usando algo parecido com isso.
O problema é que o tempo passa a ser uma variável importante. As simulações de Forgan mostram que pode levar pelo menos 300.000 anos para construir uma rede em torno da Via Láctea, assumindo que existam 500 civilizações tecnologicamente avançadas que consigam manipular o trânsito do seu planeta de forma visível para os outros.
Para conversar com todos eles, teríamos que construir uma espécie de rede de retransmissão em torno da galáxia, para evitar obstáculos celestiais.
"Se você quer se comunicar com alguém do outro lado do centro galáctico, há muitas coisas no caminho - poeira, estrelas, um grande buraco negro - de forma que você vai poder seguir o caminho mais longo usando a rede," disse Forgan.
Detectando ETs
Se tudo parece muito especulativo, o consolo é que já estamos fazendo o reverso dessa medalha.
O lado oposto da comunicação via trânsito, que consiste em monitorar a sombra de exoplanetas, já vem sendo utilizada há vários anos por vários telescópios, como o telescópio espacial Kepler, para descobrir e estudar planetas passando na frente de suas estrelas.
Assim, se os moradores de outros planetas forem mais avançados tecnologicamente do que nós e tiverem tido a mesma ideia, não precisamos fazer nenhum trabalho extra para vê-los - só teremos que detectar as mensagens cifradas em alguma alteração anômala na luz de seus trânsitos.

Bibliografia:

Exoplanet Transits as the Foundation of an Interstellar Communications Network
Duncan H. Forgan
arXiv
DOI: https://arxiv.org/abs/1707.03730

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terça-feira, 8 de agosto de 2017

Richard Stallman no Brasil: Liberdade no mundo digital

Caro Leitro(a),

Software Livre
Richard Stallman, o criador e maior divulgador do Movimento Software Livre, estará no Brasil na próxima semana. Ele fará uma conferência em defesa do compartilhamento de dados e informações e da privacidade dos usuários na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em Belo Horizonte, no próximo dia 29.
A conferência Uma sociedade digital livre: o que torna a inclusão digital boa ou ruim?, integra a programação dos 90 anos da UFMG.
Richard Matthew Stallman tem viajado pelo mundo em defesa da cultura do compartilhamento e denunciando a censura e o ataque à privacidade dos usuários.
"Stallman costuma dizer que o celular é 'o sonho de Stalin', por causa dos softwares proprietários, que capturam dados pessoais", lembra o professor Loïc Cerf, anfitrião de Stallman na UFMG. "O Software Livre é um projeto político, social e ético, base da esperança e da luta de Stallman por uma sociedade em que o cidadão tenha controle sobre sua vida."
Quatro liberdades
Em 1984, Stallman iniciou o desenvolvimento de GNU, sistema operacional livre que mais tarde resultaria no Linux e em suas inúmeras derivações - inclusive o Android, que roda na maioria dos celulares.
software livre é definido por quatro liberdades essenciais:
  1. os usuários podem rodar um programa do jeito que quiserem, para qualquer finalidade;
  2. podem estudar como o programa funciona e adaptá-lo a suas necessidades;
  3. podem redistribuir cópias para ajudar outras pessoas;
  4. e podem aperfeiçoar o programa e tornar pública essa melhoria.
O acesso ao código-fonte é, naturalmente, precondição para a segunda e a quarta liberdades.
"Richard é a pessoa mais íntegra com quem já tive o prazer de conviver. Seu trabalho é para que todos nós possamos usar computadores sem sofrer controle alheio," afirma Alexandre Oliva, cofundador da seção latino-americana da Fundação para o Software Livre, acrescentando que nunca foi tão fácil ter acesso e usar software livre, mas nunca foi tão difícil alcançar a plena liberdade: "Empresas liberam componentes pouco relevantes para suas estratégias de mercado, mas mantêm secretos outros que servem a objetivos menos confessáveis.".
Para quem não puder acompanhar a conferência de Richard Stallman na UFMG, veja abaixo a entrevista que ele concedeu ao pesquisador da UFMG.
Que leis ou ações podem criar condições para uma inclusão digital positiva?
Stallman - Precisamos de leis que impeçam sistemas digitais de capturar e transmitir dados pessoais não cruciais para determinadas finalidades. Os Estados devem distribuir, usar e desenvolver apenas software livre e estabelecer sistemas de pagamentos digitais anônimos para quem paga, mas que identifiquem quem recebe, para evitar evasão fiscal. O monitoramento indiscriminado de pessoas e carros nas ruas deveria ser proibido.
Como os avanços tecnológicos ameaçam a democracia?
Stallman - A principal ameaça à democracia é a vigilância em massa. Se o Estado quase sempre sabe quem vai aonde e quem fala com quem, pode pegar e prender heróis como Edward Snowden, pessoas de quem a democracia depende. Backdoors [mecanismos ocultos que permitem acesso remoto] e as sabotagens que elas possibilitam são também perigosas.
Quais foram a vitória e a derrota mais importantes no Movimento Software Livre nos últimos anos?
Stallman - O maior avanço recente é que já é possível comprar um computador com um sistema operacional 100% livre e um software de inicialização livre, pré-instalado. Você não precisa ser um gênio para rodar um software livre, e agora não precisa mais da ajuda de um gênio para instalá-lo. Os maiores retrocessos foram a ascensão da computação móvel, de desserviços bisbilhoteiros e da internet das coisas que espionam.
Como universidades e pesquisadores podem contribuir com o Movimento Software Livre?
Stallman - Universidades e escolas de todos os níveis deveriam ensinar e oferecer apenas software livre aos estudantes. Softwares proprietários deveriam ser autorizados nos campi apenas para engenharia reversa.
Como a adoção massiva da internet ajuda ou dificulta o movimento?
Stallman - Infelizmente, para a maioria das pessoas, "usar a internet" significa usar serviços injustos (eu chamo de desserviços) cujo propósito é capturar dados pessoais. Desserviços como Facebook, Google Maps, Google Drive, iTunes, Spotify e Netflix cometem múltiplas injustiças. Sistemas de pagamento, com exceção do dinheiro vivo, rastreiam as pessoas - nem o Bitcoin é anônimo. Dispositivos móveis não permitem substituição de software proprietário por software livre. Quase todos os aplicativos tampouco são livres - eles podem ser gratuitos, mas não são livres. Telefones celulares rastreiam as pessoas o tempo todo e podem ser convertidos remotamente em dispositivos de escuta. Por isso, me recuso a carregar um telefone celular.

Fonte: Com informações da UFMG -  



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