Caro Leitor(a),
Este
é o mapa mais preciso da distribuição da matéria escura no
Universo.[Imagem: Dark Energy Survey]
Mapa da matéria escura
A matéria conhecida (chamada de
"bariônica" pelos físicos) corresponde a apenas 5% do conteúdo do
Universo, segundo os atuais modelos da cosmologia.
Outros 25% seriam constituídos pela desconhecida
matéria escura, e 70%, pela ainda mais enigmática energia escura.
Estas porcentagens (aqui expressas em valores
arredondados), que haviam sido estabelecidas por estudos anteriores, foram
confirmadas agora, com notável convergência numérica, pelo Dark Energy Survey (DES).
Conduzido por uma colaboração internacional, o
DES é um mapeamento do Universo em grande escala, que deverá
rastrear uma área equivalente a um oitavo do céu (5 mil graus quadrados) e
levantar dados sobre mais de 300 milhões de galáxias, 100 mil aglomerados de
galáxias e 2 mil estrelas supernovas, além de milhões de estrelas da Via Láctea
e objetos do Sistema Solar.
Com a atividade iniciada em 2013 e prevista para
prosseguir até 2018, a colaboração acaba de divulgar os dados sistematizados de
seu primeiro ano de trabalho. Esses dados possibilitaram a elaboração de um
mapa com 26 milhões de galáxias, cobrindo cerca de 1/30 do céu e apresentando a
distribuição heterogênea da hipotética matéria escura em uma faixa de bilhões
de anos-luz de extensão.
Hipóteses, teorias,
modelos, interpretações
Um dos destaques no novo mapa da Universo é que
os dados sistematizados do primeiro ano de coleta de dados do DES são
consistentes com a interpretação mais simples acerca da natureza da energia
escura.
Segundo essa interpretação, esse misterioso
ingrediente, que faz com que a expansão do Universo esteja sendo acelerada, em
vez de retardada pela atração gravitacional recíproca das galáxias, seria a
energia do vácuo e corresponderia à constante cosmológica, inicialmente proposta e depois
abandonada por Einstein, mas hoje largamente aceita pelos físicos. De acordo
com esse modelo, a quantidade total da energia escura aumentaria em decorrência
da própria expansão do Universo, mas sua densidade se manteria constante no
espaço e no tempo.
A questão da natureza da energia escura, porém,
permanece aberta. E não pode ser descartada a possibilidade de que dados já
colhidos, mas ainda em fase de sistematização, ou que venham a ser obtidos até
o final do levantamento, desfavoreçam essa interpretação em benefício de
outras.
Vale lembrar que, até agora, todos os milionários projetos para detectar a matéria escura
falharam, e uma teoria após a outra vem sendo deixada de lado.
Fonte: Com informações da Agência Fapesp - 31/08/2017
“O conhecimento torna a alma jovem, pois, colhe a sabedoria”.
Obrigado pela sua visita e volte sempre!
Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor
e Pesquisador Independente das Ciências:
Espacial; Astrofísica; Astrobiologia e Climatologia, Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de
conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e
ESA (European Space Agency.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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