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segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Ignição Atmosférica: O que é e por que Oppenheimer temia tanto?

 Caros Leitores;






Durante a era da Segunda Guerra Mundial, o espectro assustador da ignição atmosférica assombrava as mentes dos brilhantes físicos que embarcavam no desenvolvimento da bomba atômica. O conceito se refere à possibilidade de uma reação de fusão nuclear auto-sustentável que poderia consumir a atmosfera inteira da Terra, obliterando toda a vida.

Como figura-chave no Projeto Manhattan, J. Robert Oppenheimer, ao lidar com as consequências ponderosas de seu trabalho, não conseguiu ignorar o perigo iminente desta catástrofe sem precedentes.

Fissão Nuclear versus Fusão: O Dilema da Bomba Atômica

No cerne das preocupações de Oppenheimer estava a distinção entre fissão nuclear e fusão. A bomba atômica aproveitava o poder destrutivo da fissão nuclear – a divisão de um núcleo pesado em fragmentos menores, liberando um dilúvio de energia e desencadeando uma reação em cadeia que continuaria até que não restasse material fissionável.

Por outro lado, a fusão nuclear, o princípio por trás da bomba de hidrogênio, envolve a combinação de núcleos atômicos mais leves para formar núcleos mais pesados, um processo que também libera grandes quantidades de energia. Fundir átomos, entretanto, requer altas temperaturas para superar a repulsão entre os núcleos atômicos – condições alcançáveis com o calor liberado por uma bomba de fissão.

Como retratado na cultura popular, incluindo o mais recente filme de Christopher Nolan, Oppenheimer e seus colegas cientistas tinham que navegar em uma paisagem científica inexplorada. A questão pairando sobre o seu trabalho era: a detonação da bomba atômica poderia iniciar uma reação em cadeia de fusão nuclear na atmosfera, transformando átomos de nitrogênio em oxigênio e um nêutron livre enquanto libera energia? Este cenário – a ignição atmosférica – levaria a um inferno global, destruindo toda a vida na Terra.

Ignição Atmosférica: Um Risco Catastrófico

Oppenheimer e sua equipe tinham uma tarefa assustadora: garantir que a bomba atômica não iria inflamar a atmosfera sem ter certeza completa de seus cálculos. A mera probabilidade de “quase nula” de ignição atmosférica era, compreensivelmente, uma fonte de ansiedade. Nas explorações científicas, a certeza absoluta é ilusória, deixando espaço para ‘desconhecidos’ catastróficos.

Quando a bomba atômica foi finalmente detonada no Novo México em 1945, Oppenheimer só podia esperar que seus cálculos estivessem corretos e que a ignição atmosférica não ocorresse. Para o alívio de todos, a atmosfera não pegou fogo.

Pesquisas subsequentes aliviaram completamente esses medos. Os cientistas estabeleceram que para uma reação em cadeia como a ignição atmosférica ocorrer, as densidades atômicas precisariam ser muito maiores do que as encontradas na atmosfera da Terra. As reações de fusão poderiam, de fato, ser desencadeadas no epicentro da explosão, mas não poderiam se propagar além dele.

Os medos de Oppenheimer, embora bem fundamentados na teoria científica, não se materializaram. O legado da ignição atmosférica, no entanto, é um lembrete severo dos perigos imprevistos que podem acompanhar os empreendimentos científicos inovadores. Ele sublinha a necessidade de análise aprofundada e tomada de decisão cautelosa ao navegar nas fronteiras do conhecimento. As lições deste capítulo da história continuam a ecoar nas discussões de hoje sobre as implicações éticas de novas tecnologias poderosas e descobertas científicas.

Para saber mais, acesse os links acima>

Fonte: Mistérios do Mundo  / por Lucas R / Publicação 04-08-2023

https://misteriosdomundo.org/ignicao-atmosferica-o-que-e-e-por-que-oppenheimer-temia-tanto/

Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).


Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas” e "Conhecendo a Energia produzida no Sol".


Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.


Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.


Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.


>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.


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