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O estudo da formação de protoestrelas de baixa massa e seus discos circunstelares é fundamental para entender os processos de formação estelar e planetária. Este artigo, intitulado “Formation of low mass protostars and their circumstellar disks”, explora a formação e evolução inicial de protoestrelas de baixa massa e seus discos circunstelares através de simulações hidrodinâmicas radiativas 3D de alta resolução. O foco é compreender a física em pequena escala e os parâmetros de sub-grade que são cruciais na formação e evolução desses discos.
A formação de discos circunstelares é um aspecto fundamental da astrofísica, fundamental para a compreensão dos locais de nascimento planetários, mas é desafiada por limitações observacionais e computacionais. Esses discos emergem da conservação do momento angular durante o colapso gravitacional dos núcleos de nuvens pré-estelares, um processo obscurecido em seus estágios iniciais por material denso em queda. Os insights observacionais derivam principalmente de sistemas mais evoluídos, deixando as fases iniciais de formação e evolução menos compreendidas.
Teoricamente, a complexidade de simular com precisão esses estágios iniciais em escalas de tempo estendidas levou os pesquisadores a adotar modelos simplificados, como partículas sumidouras, para contornar a dinâmica interna detalhada. Esses modelos, embora necessários para estudos em escala mais ampla, geralmente se baseiam em suposições e na física de sub-redes que permanecem restritas, potencialmente distorcendo nossa compreensão da formação e evolução do disco. Investigações recentes começaram a examinar o impacto dessas simplificações, revelando efeitos significativos nas características do disco com base nos parâmetros escolhidos para partículas sumidouros, ressaltando assim a necessidade de uma abordagem mais matizada para modelar esses estágios iniciais críticos da formação de estrelas e planetas.
O estudo investiga cenários evolutivos especulativos influenciados pela fragmentação do disco e pela intensidade do campo magnético, referenciando pesquisas contemporâneas que questionam a validade da distribuição do tamanho da poeira do MRN e seu impacto nas resistividades magnéticas. Ele também reconhece a necessidade de compreender o limite interno do disco para a evolução global do disco, citando contribuições significativas de simulações em grande escala e estudos com foco no regime de alta massa.
O artigo contrasta suas descobertas com trabalhos anteriores, principalmente aqueles que não conseguiram resolver a frente de choque que separa a protoestrela do disco interno, ressaltando assim a novidade de seus resultados, que demonstram um sistema de fluido contínuo sem uma frente de choque distinta. Além disso, situa suas descobertas no contexto mais amplo dos estudos empíricos, enfatizando a ausência de frentes de choque e a presença de ondas espirais como características principais do sistema de disco interno da protoestrela.
Finalmente, a pesquisa compara os resultados apresentados com estudos anteriores que resolveram o nascimento da protoestrela e da estrutura interna do disco, reconhecendo o trabalho pioneiro de Bate (1998) e estudos subsequentes que relataram a estrutura semelhante a um disco inchado ao redor do segundo núcleo. Esta pesquisa bibliográfica ressalta a contribuição do artigo para o avanço de nossa compreensão da formação de discos protoestelares e circunstelares, situando-a dentro do discurso em andamento na pesquisa astrofísica.
Sérgio Sacani
Formado em geofísica pelo IAG da USP, mestre em engenharia do petróleo pela UNICAMP e doutor em geociências pela UNICAMP. Sérgio está à frente do Space Today, o maior canal de notícias sobre astronomia do Brasil.
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Fonte: Space Today / Publicação 06-05-2024
https://spacetoday.com.br/nascimento-de-protoestrelas-e-a-formacao-de-discos-circumestelares/
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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.
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