Caros Leitores;
O Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) é uma iniciativa do Observatório do Clima criada em 2013 que compreende a produção de estimativas anuais das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil, documentos analíticos sobre a evolução das emissões e um portal na internet para disponibilização de forma simples e clara dos métodos e dados do sistema.
REFERÊNCIA METODOLÓGICA
As Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa são geradas segundo as diretrizes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), com base na metodologia dos Inventários Brasileiros de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases do Efeito Estufa, elaborado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e em dados obtidos junto a relatórios governamentais, institutos, centros de pesquisa, entidades setoriais e organizações não governamentais.
A metodologia do SEEG foi publicada na revista científica NATURE em 2018. Para acessar a metodologia completa acesse aqui.
ESCOPO
São avaliados todos os cinco setores que são fontes de emissões – Agropecuária, Energia, Mudanças de Uso da Terra, Processos Industriais e Resíduos com o mesmo grau de detalhamento contido nos inventários de emissões. Os dados disponibilizados na Coleção 10 do SEEG constituem uma série que cobre o período de 1970 até 2021, exceto para o setor de Mudança de Uso da Terra que tem a série de 1990 a 2021. O período anterior a 1990 não é coberto pelos inventários de emissões. Os dados do SEEG são também apresentados de forma alocada pelos 26 Estados e o Distrito Federal. Em 2021 a alocação dos dados chegou a 96,5% (apenas 3,5% das emissões não puderam ser alocadas em algum estado).
Os dados incluem emissões e remoções de GEE e disponibilizados para consulta também os dados de Bunker (emissões por transporte internacional marítimo e aéreo).
Nas Coleções SEEG 6 e 7 foi incluído o primeiro experimento de alocação das emissões no nível municipal para todos os mais de 600 municípios do Estado de São Paulo cobrindo o período de 2007 a 2015.
A Partir da coleção SEEG 8 iniciou-se a alocação da emissões em todos os municípios brasileiros cobrindo o período de 2000 a 2018. Os dados municipais são publicados alguns meses depois da publicação dos dados do Brasil e Estados.
GASES CONSIDERADOS
O SEEG considera todos os gases de efeito estufa contidos no inventário nacional como CO2, CH4, N2O e os HFCs e os dados são apresentados também em carbono equivalente (CO2e), tanto na métrica GWP (potencial de aquecimento global) como GTP (potencial de mudança de temperatura global) e segundo os fatores de conversão estabelecidos no 2o, 4o, 5o e 6o relatório do IPCC (AR2, AR4 e AR5). A partir da Coleção 5 o padrão da plataforma passou a ser apresentar por padrão os dados nos fatores de conversão GWP AR5, que é o fator utilizado na NDC brasileira, porém todas as outras modalidades continuam disponíveis para consulta na plataforma (Ex. CO2e GWP AR2).
EMISSÕES E REMOÇÕES NÃO CONSIDERADAS NO INVENTÁRIO (NCI)
Adicionalmente, a partir da Coleção 4 do SEEG foi incluído, de forma experimental, estimativa de emissões e remoções de carbono no solo devido as práticas agrícolas. Estas emissões e remoções não estão contempladas nos inventários nacionais do Brasil (NCI), mas são parte importante da conta atingir a meta do Brasil no Acordo de Paris (INDC).
NOVO MÉTODO DE ESTIMATIVA DE EMISSÕES PARA MUDANÇAS DE USO DA TERRA
A partir da Coleção 8.0 do SEEG foi implementado a aplicação do método de matrizes de transição de uso do solo para calcular as emissões e remoções por mudanças de uso de solo e florestas. A base de dados para as matrizes de transição são os mapas anuais de cobertura e uso do solo produzidos pelo MapBiomas. Apenas no ultimo ano da série ainda se utiliza os dados de desmatamento como proxy para calculo das emissões por conta do necessita de um kernel de três anos para confirmar as transições (-1, 0 e +1). No caso das estimativas municipais é utilizado apenas o método das matrizes de transição.
PLATAFORMA DE DADOS
OUTROS PAÍSES
A partir de 2014 o SEEG passou a ser adotado por coletivos de outros países. O primeiro SEEG implementado fora do Brasil foi o Peru e o segundo na Índia. O SEEG Global pode ser acessado pelo endereço: http://seeg.world/ .
Para saber mais, acesse o link abaixo>
Fonte: http://seeg.eco.br/o-que-e-o-seeg
Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas” e "Conhecendo a Energia produzida no Sol".
Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.
Acesse abaxo, os links das Livrarias>
https://www.amazon.com/author/heliormc57
https://publish.bookmundo.pt/site/userwebsite/index/id/helio_ricardo_moraes_cabral/allbooks
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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