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Centenas de milhares de estrelas estão contidas nesta Fotografia da Semana, uma imagem infravermelha de Sagittarius C, uma região que se encontra próximo do centro da Via Láctea. Esta imagem, obtida com o Very Large Telescope (VLT) do ESO, no deserto chileno do Atacama, está a ajudar os astrónomos a desvendar um mistério estelar.
O centro da Via Láctea é a região de formação estelar mais prolífica de toda a Galáxia. No entanto, os astrónomos encontraram apenas um fração das estrelas jovens que esperavam encontrar nesta região. Existem evidências da formação de que muitas mais estrelas num passado recente do que as que efetivamente vemos, e isto acontece porque não é fácil observar na direção do centro da Galáxia: nuvens de gás e poeira bloqueiam a luz emitida pelas estrelas e obscurecem-nos a vista. Os instrumentos infravermelhos, tais como a câmara HAWK-I montada no VLT, permitem aos astrónomos espreitar para lá destas nuvens e observar a paisagem estrelada que aí se esconde.
Num estudo recente, Francisco Nogueras Lara, um astrónomo do ESO na Alemanha, analisou dados do VLT relativos a Sagittarius C, uma região cuja composição química a tornou uma candidata promissora a albergar estrelas recém formadas e, de facto, o investigador descobriu que esta região é muito mais rica em estrelas jovens do que outras regiões do Centro Galáctico. Procurar regiões semelhantes é agora uma pista a seguir para encontrar outras estrelas jovens desaparecidas.
Créditos: ESO/F. Nogueras-Lara et al.
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Fonte: Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) / Publicação 12/02/2024
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