Caros Leitores;
Nesta Foto da Semana, tirada no Observatório de La Silla do ESO no Chile, vemos brilhantes traços vermelhos compactos conhecidos por sprites vermelhos (red sprites). Tratam-se de uma forma elusiva de relâmpagos que ocorre bem acima das nuvens de tempestade, descarregando electricidade na alta atmosfera terrestre, a uma altitude entre 50 e 90 km. Além de ocorrerem muito mais alto no céu do que os relâmpagos normais a que estamos habituados, estes são mais frios que os relâmpagos brancos que vemos normalmente e são também muito mais tênues. Os sprites vermelhos são muito difíceis de capturar: a primeira fotografia deste fenómeno foi obtida apenas em 1989.
No fundo da fotografia, "pintada" em tons esverdeados, temos a luminescência atmosférica (airglow). Durante o dia, a luz solar liberta elétrons do nitrogênio e do oxigênio da atmosfera terrestre e, à noite, esses elétrons se recombinam com os átomos e moléculas, fazendo com que brilhem. Geralmente, a luminescência atmosférica só se consegue observar em céus muito escuros desprovidos de poluição luminosa.
Esta fotografia foi tirada a partir da plataforma do telescópio de 3,6 metros do ESO em La Silla no meio do deserto chileno do Atacama. Devido à sua elevada altitude e ausência de poluição luminosa, La Silla é um local ideal para capturar esses fenômenos incomuns.
Crédito: Zdenek Bardon/ESO
Fonte: Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) / Publicação 22-08-2022
https://www.eso.org/public/brazil/images/potw2234a/
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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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