Caros Leitores;
Esta Fotografia da Semana mostra duas das luas de Júpiter, as geladas Ganímedes e Europa, das quais o instrumento SPHERE, montado no Very Large Telescope do ESO, obteve imagens infravermelhas. Enquanto Europa é praticamente do tamanho da nossa Lua, Ganímedes é a maior lua de todo o Sistema Solar – maior até que o planeta Mercúrio!
As suas órbitas em torno de Júpiter são ligeiramente elípticas, por isso as luas aproximam-se e afastam-se do planeta à medida que o orbitam, o que faz com que estes objetos sejam esticados e comprimidos pela atração gravitacional de Júpiter a intervalos regulares. Este fenómeno dá origem a calor friccional, aquecendo o interior das luas e tornando-as, consequentemente, geologicamente ativas. Em particular, é provável que Europa tenha plumas ativas e geysers a brotar dos oceanos de água líquida que se encontram por baixo da espessa camada de gelo que cobre toda a sua superfície.
Graças a estas novas imagens e também espectros, foi possível realizarem-se estimativas das abundâncias de espécies químicas existentes à superfície destas luas, as quais foram publicadas em dois estudos por Oliver King e Leigh N. Fletcher, da Universidade de Leicester no Reino Unido. Descobriu-se que as regiões brilhantes de Ganímedes são essencialmente constituídas por água sob a forma de gelo com evidências de vários sais e que se formaram mais recentemente do que as velhas áreas mais escuras, cuja composição permanece ainda um mistério.
Observar estas luas com telescópios colocados no solo é um desafio, já que estes objetos nos aparecem tão pequenos como moedas de 1 euro vistas a 3-5 km de distância. A atmosfera da Terra distorceria completamente estas imagens, mas o sistema de óptica adaptativa do SPHERE corrige estas distorções, fornecendo-nos imagens tão nítidas que podemos distinguir nelas detalhes minúsculos, com tamanhos que descem até aos 150 km.
Link: Imagens individuais de Europa and Ganímedes (1, 2, 3 & 4).
Crédito: ESO/King & Fletcher. Jupiter background image: NASA, ESA, A. Simon (Goddard Space Flight Center), and M. H. Wong (University of California, Berkeley) and the OPAL team.
Fonte: Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês)
https://www.eso.org/public/brazil/images/potw2241a/
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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral
(Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia
e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020,
pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro:
“Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Acompanha e
divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space
Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas
e tecnológicas.
Participa do
projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira
(SAB), como astrônomo amador.
Participa também
do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e
Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a
Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF),
e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S
Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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