Caros Leitores;
Resumo dos prefixos oficiais do Sistema Internacional de Unidades (SI).
Prefixos para números extremos
O Bureau Internacional de Pesos e Medidas, responsável por gerir o Sistema Internacional de Unidades (SI), acaba de anunciar os novos prefixos para as coisas muito grandes e as coisas muito pequenas.
Além de definir coisas como o quilograma e o metro, o SI define como números muito grandes e muito pequenos devem ser nomeados.
A última expansão desse esquema de nomenclatura havia sido feita em 1991, quando números com 21 ou 24 zeros receberam os prefixos zetta (1021) e yotta (1024) para os muito grandes e zepto (10-21) e yocto (10-24) para os muitos pequenos. Mesmo que houvesse poucas razões para usá-los na época, a crescente quantidade de dados gerados pela internet os torna mais úteis hoje: A quantidade de informações é projetada para atingir 175 zettabytes até 2025.
Desta vez, a utilização veio antes, o que fez alguns cientistas e até o conversor de unidades do Google começarem a apresentar alguns nomes não oficiais, que não se enquadram nos padrões da nomenclatura do SI. Por exemplo, o "brontobyte" foi usado informalmente por alguns cientistas para descrever 1027 bytes, enquanto o conversor de unidades do Google apelidou o mesmo 1027 bytes como "hellabyte".
Em resposta, a entidade se reuniu e apresentou os quatro novos prefixos oficiais, que deverão ser amplamente adotados a partir de agora.
Os novos prefixos para números muito pequenos são ronto (símbolo r), para 10-27, e quecto (símbolo q), para 10-30.
- 1 ronto = 0,000.000.000.000.000.000.000.000.001
- 1 quecto = 0,000.000.000.000.000.000.000.000.000.001
Os novos prefixos para números muito grandes são ronna, para 1027 (símbolo R), e quetta, para 1030 (símbolo Q).
- 1 ronna = 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000
- 1 quetta = 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000
Regras para prefixos
Embora esses nomes tenham sido "inventados" - não são palavras de nenhum idioma -, eles seguem algumas diretrizes: "R" e "q" eram as únicas letras restantes no alfabeto inglês que não haviam sido usadas por outros prefixos, o que poderia duplicar o uso de letras para as unidades. Além disso, o meio das palavras é uma adaptação livre do número em latim de quantas vezes você precisa multiplicar 1000 para chegar até a unidade, e as terminações seguem a regra de que os prefixos grandes sempre terminam em "a", enquanto os prefixos pequenos terminam em "o".
Uma curiosidade é que o termo "quecca" para 1030 foi descartado depois que os membros da equipe descobriram que, em português, ele soa como "cueca", contou o professor Richard Brown, um metrologista do Laboratório Nacional de Física do Reino Unido.
Mas, no futuro, poderá ser necessário adicionar novos critérios para composição dos nomes, uma vez que a adição dos quatro novos prefixos esgotou as letras disponíveis para os símbolos, as abreviações dos prefixos.
Além dos bytes, que crescem sem parar, já há indicações de uso para outras coisas muito grandes ou microscópicas. Por exemplo, a massa da Terra é estimada em seis ronnagramas, ou 6 Rg. Já ronto e quecto poderiam ter usos em radioastronomia, para medir a força muito fraca da radiação cósmica de fundo em micro-ondas, a radiação remanescente do Big Bang.
Fonte: Com informações da Nature, New Scientist e NPL - 21/11/2022
https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=novos-prefixos-sistema-internacional-unidades-si&id=010170221121#.Y30jf3ZKjmY
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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
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