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Investigadores acreditam que o fragmento de asteroide antigo que colidiu com a Terra em fevereiro de 2021 pode ajudar a perceber melhor como os meteoritos ajudaram a tornar o planeta habitável.
Investigadores acreditam que o fragmento de asteroide antigo que colidiu com a Terra em fevereiro de 2021 pode ajudar a perceber melhor como os meteoritos ajudaram a tornar o planeta habitável.
A 28 de fevereiro de 2021, os céus de Winchcombe, Reino Unido, iluminaram-se com a passagem de uma rocha espacial que acabou por se despenhar no solo. Mais de 500 gramas de vestígios foram encontrados em poucas horas naquela região e agora, passado mais de um ano de estudos, investigadores concluem que se trata de uma “testemunha única e pristina proveniente de fora do sistema solar” e que não sofreu modificações pelo contacto com a atmosfera terrestre.
A rápida recuperação deixou as rochas tão pouco alteradas pelo ambiente da Terra que os investigadores comparam as condições com as amostras recolhidas diretamente na superfície de asteroides. Esta rocha primordial, explica o Vice, oferece uma visão sem precedentes sobre o papel que os asteroides tiveram em trazer água e compostos orgânicos para o nosso planeta, há milhares de milhões de anos, o que acabou por originar a vida como a conhecemos.
Luke Daly, geocientista planetário, explica que “a amostra de Winchcombe e outras CMs [meteoritos condríticos] são essencialmente um ponto único com tudo o que um planeta em desenvolvimento precisa para ter vida”, cita o Vice. “A Terra, por causa do sítio onde se formou no Sistema Solar, devia ser seca, por isso foi preciso uma entrega extraterrestre de água e organismos para o planeta Azul (…) Winchcombe é a melhor evidência de que os condritos de CM foram uma fonte vital de água para a Terra porque a água que contêm é bastante parecida com a que a Terra tem”, continua o investigador.
O espetáculo visual proporcionado nos céus noturnos foi “a queda de condritos carbonáceos mais precisamente guardada” da história, com inúmeros registos visuais provenientes de diferentes fontes a serem analisados pela comunidade científica e pelos entusiastas.
Os investigadores estimam que o asteroide que deu origem a estes fragmentos seja proveniente do exterior do Sistema Solar e que tenha acabado por ficar depois ‘retido’ na cintura principal, entre Marte e Júpiter. Uma análise à exposição cósmica mostra que a cisão do fragmento do corpo principal do asteroide foi recente e que o pedaço tem estado perto da Terra há 80 mil anos.
A nova análise conta com a co-autoria de mais de cem investigadores, procura obter detalhes sobre a formação rochosa e como se desenrolou o processo de formação de vida nos primórdios do Sistema Solar.
*Este artigo está escrito em Português de Portugal
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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.
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