Caros Leitores;
Após anos de trabalho e milhares de sensores de borda e atuadores, os últimos lotes dessas peças de alta tecnologia para o espelho principal do Extremely Large Telescope ( ELT ) do ESO foram concluídos.
Com um diâmetro de 39 metros, este espelho ( M1 ) é o maior já feito para um telescópio óptico; grande demais para ser feito de uma única peça, ele consiste em 798 segmentos individuais. Cada segmento hexagonal terá vários sensores presos às suas bordas e será montado em três atuadores de posição. Os sensores de borda, cerca de 4500 pares, e os atuadores, cerca de 2400, são essenciais para ajustar precisamente a posição de todos os segmentos e fazê-los funcionar como uma única unidade. Para obter um formato de espelho com uma curvatura perfeita e suave, os sensores de borda medirão potenciais desalinhamentos, que são então corrigidos pelos atuadores ultraprecisos.
Os sensores para o ELT são os mais precisos já usados em um telescópio. Eles são capazes de medir a posição relativa dos segmentos com uma precisão de alguns nanômetros. Se um grilo pousasse em um canto do segmento, movendo-o por um milionésimo de milímetro, os sensores seriam capazes de captar a pequena perturbação. Os sensores foram produzidos pelo consórcio FAMES , uma cooperação entre os especialistas em sensores Micro-Epsilon Messtechnik (Alemanha) e Fogale Nanotech (França) que foi criada especificamente para esse objetivo.
Os atuadores de posição darão suporte aos segmentos, controlando-os ativamente em três direções, conhecidas como pistão, ponta e inclinação. Isso envolve mover pesos consideráveis, já que cada segmento de espelho pesa 250 kg. Projetados e desenvolvidos pela Physik Instrumente (PI, Alemanha), esses atuadores exclusivos, que levam a tecnologia ao seu limite, serão capazes de ajustar suavemente a posição dos segmentos com uma precisão de apenas alguns nanômetros.
Uma vez entregues ao ESO, os sensores de borda e atuadores de posição são enviados para o Chile, onde são posteriormente integrados aos segmentos do espelho e dentro do telescópio, respectivamente. O ELT está atualmente em construção no topo do Cerro Armazones, no deserto do Atacama, no Chile. Uma vez concluído, ele fará descobertas novas, únicas, revolucionárias e emocionantes que mudarão nossa compreensão do cosmos.
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Fonte: Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) / Publicação 25/10/2024
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