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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Possível colisão entre duas estrelas iluminará o céu em 2022

Caros Leitores,

É uma chance de um em um milhão de prever uma “explosão estelar", disse o professor de astronomia Lawrence (Larry) Molnar do Calvin College, uma universidade em Grand Rapids, Michigan, Estados Unidos, sobre seu prognóstico audaz que nunca foi feito antes.
A previsão de Molnar, é que uma estrela binária (duas estrelas orbitando entre si) que ele está monitorando, irá fundir e explodir em 2022. A estrela aumentará seu brilho em dez mil vezes, tornando-se uma das estrelas mais brilhantes dos céus por um tempo. A estrela será visível como parte da constelação do Cygnus. Esta constelação fica muito próxima do horizonte norte, o que dificulta sua observação no hemisfério sul, principalmente se o observador não tiver acesso a um horizonte livre, ou seja, sem interferências para o visual. Outro fator, é que no hemisfério sul, essa constelação não é visível durante os meses de verão, portanto, para que esse fenômeno estelar seja visto no hemisfério sul, principalmente no norte e nordeste do Brasil, é necessária que aconteça durante o inverno.
A exploração de Molnar na estrela conhecida como KIC 9832227 começou em 2013. Ele estava participando de uma conferência de astronomia, quando a astrônomo Karen Kinemuchi apresentou seu estudo das mudanças de brilho da estrela, que concluiu com uma pergunta: é pulsante ou é um binário?
Também estava presente na conferência o estudante da Calvin College, Daniel Van Noord, assistente de pesquisa da Molnar. Ele tomou a questão como um desafio pessoal e fez algumas observações da estrela com o observatório do Calvin. "Ele olhou como a cor da estrela se correlacionou com o brilho e determinou definitivamente que é um binário", disse Molnar. "Na verdade, ele descobriu que era realmente um binário de contato, no qual as duas estrelas compartilham uma atmosfera comum, como dois amendoins que compartilham uma única concha”. "A partir daí, Daniel Van determinou um período orbital bem preciso a partir dos dados do observatório espacial Kepler, usados por Keren Kinemuchi, e ficou surpreso ao descobrir que o período era um pouco menor do que os dados anteriores", disse Molnar.
Este resultado trouxe à lembrança do trabalho publicado pelo astrônomo Romuald Tylenda, que estudou os arquivos de observação para investigar como outra estrela (V1309 Scorpii) se comportou antes de explodir inesperadamente no ano 2008 e produziu uma nova estrela vermelha (um tipo de explosão estelar reconhecida como Distinto de outros tipos). O registro pré-explosão mostrou um binário de contato com um período orbital decrescente a uma taxa acelerada. Para o Lawrence Molnar, esse padrão de mudança orbital, foi uma "pedra Rosetta" para interpretação dos novos dados.
Ao observar a mudança de período orbital do sistema binário, o professor Molnar apresentou na reunião de janeiro de 2015 da American Astronomical Society, um período orbital de 15 anos, fazendo a previsão de que KIC 9832227 pode estar seguindo os passos da estrela V1309 Scorpii. Antes de levar a hipótese muito a sério, porém, era necessário descartar outras interpretações mais mundanas da mudança do período. Após a reunião da American Astronomical Society, Molnar e sua equipe realizaram dois fortes testes observacionais das interpretações alternativas. Primeiro, as observações espectroscópicas excluíram a presença de uma estrela companheira com um período orbital superior a 15 anos. Em segundo lugar, a taxa de diminuição do período orbital nos últimos dois anos, seguiu a previsão feita em 2015, e então excede a mostrada por outros binários de contato. 
"Em linhas gerais, nós realmente pensamos que a hipótese da nossa estrela resultante da fusão, deve ser levada a sério agora e devemos usar os próximos anos para estudar isso de forma intensa, de modo que explodindo, saberemos o que levou a essa explosão", disse Molnar. Para isso o professor e os colegas estarão observando KIC 9832227 nos próximos anos em toda a gama de comprimentos de onda: usando Very Large Array, o Telescope Infrared Facility e a nave espacial XMM-Newton, para estudar a onda de rádio da estrela, infravermelho e Emissão de raios X, respectivamente.
O professor Molnar, disse que esse fenômeno é o início de uma história que se desenrolará nos próximos anos, e pessoas de todos os níveis podem participar. Disse também, que o sincronismo orbital do sistema binário estelar e as variações de brilho de magnitude 12, podem ser verificados por astrônomos amadores. Molnar ressalta também, a qualidade dos equipamentos desses astrônomos amadores nos dias de hoje.


Modelo computacional do sistema binários KIC 9832227. (Créditos: Calvin College/Cara Alexander, Daniel Van Noord, Chris Spedden, e Larry Molnar).

Fonte: Calvin College

HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Pesquisador Independente na Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).

Membro da Society for Science andthePublic (SSP) e assinante de conteúdoscientíficos da NASA (NationalAeronauticsand Space Administration) e ESA (European Space Agency).

Participa do projeto S`CoolGroundObservation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (CloudsandEarth´sRadiant Energy System) administrado pela NASA.

Participa também do projeto The GlobeProgram / NASA GlobeCloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela NationalOceanicandAtmosphericAdministration (NOAA) e U.S DepartmentofState.

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