Caros Leitores;
Um buraco negro é um dos mais misteriosos objetos do espaço, um fenômeno amado pelos cientistas e pelo público geral.
As únicas coisas que sabemos sobre buracos negros é que é um ponto muito denso de matéria colapsada, gerando um grande e faminto objeto.
A uma determinada distância, você não corre sérios riscos, é uma órbita comum. Mas há um ponto irreversível: o horizonte de eventos. Ele é um “portal” de onde nem a luz escapa.
A matéria que ele está engolindo é tão acelerada e sofre tanto atrito que forma um núcleo galáctico ativo (AGN). Quando falamos em “observar” um buraco negro, estamos observando apenas essa radiação liberada.
Uma pergunta que você deve estar se fazendo: a qual distância se pode chegar do buraco negro sem ser engolido?
A importância do ISCO
Simulando o horizonte de eventos de um buraco negro
Recentemente, cientistas publicaram um novo estudo, em que tentam, por meio de raios-X, encontrar com alguma precisão o ponto chamado de ISCO.
ISCO é uma sigla para innermost stable circular orbit – órbita circular estável mais interna, no português.
Esse ponto, onde a órbita já não é elíptica, como a da terra em torno do Sol, mas circular, é um ponto previsto pela Relatividade Geral, mas nunca foi observado.
O estudo foi publicado na Monthly Notices da Royal Astronomical Society e está disponível gratuitamente na forma de preprint no ArXiv.
Segundo o estudo, esse é um ponto importante de se conhecer, para que se possa entender melhor a radiação e jatos de partículas liberados e o motivo pelo qual os buracos negros atraíram outros objetos para formar algumas galáxias.
Os cientistas utilizaram um método chamado de mapeamento de reverberação, com os raios-X. A reverberação é a reflexão de uma onda, como um eco.
Conforme o estudo, geralmente para o cálculo do ISCO é utilizado o efeito Doppler: quanto mais próximo do horizonte de eventos, maior o desvio para o vermelho.
No entanto, estamos falando de uma condição extrema, e por alguns motivos há distorções nesses fatores, o que faz com que não seja um meio confiável para esse cálculo. É por esse motivo que se utiliza o rastreamento da reverberação dessa luz.
Com a liberação dos raios-X pelos raios relativísticos (partículas próximas à velocidade da luz) no disco de acreção, os cientistas puderam simular, computacionalmente, os “últimos clamores” da matéria sendo engolida.
Eles notaram, ainda, que a localização do ISCO está diretamente relacionado com a rotação do buraco negro.
Se ele gira muito lentamente, o ISCO se localiza a uma distância muito grande, e até 30% das emissões de raios-X vem da região de queda.
Se ele gira muito rápido, o ISCO se localiza próximo ao horizonte de eventos. Em rotações máximas, apenas 2% dos raios-X vêm da matéria em queda acentuada.
Fonte: SoCientifica/ Felipe Miranda / 03-06-2020
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HélioR.M.Cabral (Economista,
Escritor e Divulgador de conteúdos da
Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Membro da Society for Science
andthePublic (SSP) e assinante de conteúdoscientíficos da NASA
(NationalAeronauticsand Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa
do projeto S`CoolGroundObservation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (CloudsandEarth´sRadiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The GlobeProgram / NASA
GlobeCloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela
NationalOceanicandAtmosphericAdministration (NOAA) e U.S DepartmentofState.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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