Caros Leitores;
Um raio de 700 quilômetros de comprimento que caiu no Brasil em 31 de outubro de 2018 foi declarado o maior da história pela Organização Meteorológica Mundial (OMM, o braço climático da ONU).
Para você ter uma noção, isso é um pouco mais do que a distância entre São Paulo e Florianópolis.
O comitê de especialistas da OMM também divulgou outro recorde mundial, desta vez para a duração de um relâmpago, sendo o vencedor um único flash que perdurou no céu por 16,73 segundos no norte da Argentina, em 4 de março de 2019.
Os dados sobre esses mega raios foram obtidos com novas tecnologias de imagem de satélite.
Mega
Esses eventos incríveis são chamados de “megaflashes”, ou “descargas de raios na mesoescala horizontal que atingem centenas de quilômetros de comprimento”.
O apelido “mega” tem razão de ser: os novos recordes são mais do que o dobro dos anteriores.
O segundo raio mais longo que já caiu na Terra foi observado em Oklahoma, nos EUA, em 20 de junho de 2017 e tinha “apenas” 321 quilômetros.
Já o recorde anterior para relâmpago de maior duração foi de um flash de 7,74 segundos, medido em 30 de agosto de 2012 no sul da França.
O clima está ficando mais extremo?
Talvez. Mais provavelmente, a tecnologia de detecção é que tem ficado melhor.
Os registros anteriores foram determinados a partir de dados coletados por redes de mapeamento de raios limitadas, ou seja, muitas vezes incapazes de detectar raios de uma escala superior.
Já as técnicas mais avançadas utilizadas nos últimos anos permitiram a detecção de “extremos anteriormente não observados na ocorrência de raios, conhecidos como ‘megaflashes'”, disse Michael J. Peterson, do Laboratório Nacional Los Alamos (EUA).
Segundo Randall Cerveny, relator do comitê de especialistas da OMM, as novas medições revelam “registros extraordinários de eventos únicos”.
“É provável que ainda existam extremos ainda maiores e que possamos observá-los à medida que a tecnologia de detecção de raios melhorar”, complementou.
Outros extremos
Todos esses números e recordes impressionantes ficam armazenados no Arquivo de Clima e Extremos Climáticos da OMM.
Atualmente, o arquivo inclui dois outros eventos extremos relacionados a raios: o recorde de mais pessoas mortas por um único raio (21 pessoas em 1975, no Zimbábue, quando um relâmpago atingiu uma cabana onde elas se abrigavam) e o recorde de mais pessoas mortas indiretamente por um raio (469 pessoas em 1994, no Egito, quando um raio acertou um conjunto de tanques de combustível causando um derramamento de óleo quente pela cidade de Dronka). [Phys]
Fonte: HypeScience / Por Natasha Romanzoti, em 26.06.2020
Obrigado pela sua visita e volte sempre!
HélioR.M.Cabral (Economista,
Escritor e Divulgador de conteúdos da
Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Membro da Society for
Science andthePublic (SSP) e assinante de conteúdoscientíficos da NASA
(NationalAeronauticsand Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa
do projeto S`CoolGroundObservation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (CloudsandEarth´sRadiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The GlobeProgram / NASA
GlobeCloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela
NationalOceanicandAtmosphericAdministration (NOAA) e U.S DepartmentofState.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário