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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Novo Cinturão de Kuiper: Sistema Solar pode ser muito maior do que se pensava

Caros Leitores;








Descoberta de novo Cinturão de Kuiper pode aumentar os limites do Sistema Solar. Crédito: Anterovium - Shutterstock

Um novo grupo de objetos espaciais congelados foi identificado pelo telescópio Subaru, no Havaí, em colaboração com a missão New Horizons, da NASA – espaçonave dedicada ao estudo do planeta-anão Plutão e do Cinturão de Kuiper, um disco circunstelar tido até então como o mais extremo do Sistema Solar. 

Foram descobertos 11 corpos celestes orbitando o Sol a mais de 13 bilhões de km de distância da estrela, o que, se confirmado, pode aumentar os limites da nossa vizinhança.

Esses objetos podem se tornar alvos de investigações da sonda New Horizons, que continua sua exploração no espaço profundo após a histórica passagem por Plutão em 2015.

Fumi Yoshida, do Instituto de Tecnologia de Chiba, no Japão, coautor da pesquisa (aceita para publicação pelo periódico The Planetary Science Journal e disponível no repositório online arXiv) destacou a importância desse achado em um comunicado, ressaltando que a confirmação dos resultados seria uma grande conquista para a compreensão do Sistema Solar.







O Cinturão de Kuiper fica na chamada “borda” do Sistema Solar. Créditos: Siberian Art – Shutterstock / Editado por Olhar Digital

Densidade da Via Láctea atrapalhou início das observações

Localizado no topo do Mauna Kea, no Havaí, o telescópio Subaru vem colaborando com a missão New Horizons desde seu lançamento, em 2006. Após sua passagem por Plutão, a espaçonave entrou no Cinturão de Kuiper, uma região além de Netuno, com corpos gelados e cometas orbitando entre 33 e 55 unidades astronômicas (UA) do Sol. 

[Uma unidade astronômica equivale à distância média entre a Terra e o Sol, que é de cerca de 150 milhões de km].

Em 2004, antes de sobrevoar Plutão, o telescópio Subaru iniciou uma busca por objetos no Cinturão de Kuiper que poderiam ser visitados pela New Horizons. Contudo, a presença da densa Via Láctea ao fundo da constelação de Sagitário dificultou a identificação de novos alvos, e apenas 24 objetos foram detectados. Todos distantes demais para serem alcançados pela espaçonave.

Um dos poucos objetos encontrados para estudo próximo foi Arrokoth, que a New Horizons sobrevoou em 2019, e que foi detectado pelo Telescópio Espacial Hubble.

Com o passar dos anos, Plutão se afastou do fundo brilhante da Via Láctea, facilitando novas observações. Desde 2020, a câmera Hyper Suprime-Cam (HSC) do Subaru identificou 239 novos objetos no Cinturão de Kuiper. Entre eles, um grupo especial se destacou: 11 objetos situados além de 55 UA, em uma região até então inexplorada do Sistema Solar.








Gráfico mostra a distribuição de distância de objetos localizados no Cinturão de Kuiper descobertos pela Hyper Suprime Cam do Telescópio Subaru. Crédito: Wesley Fraser

Segundo os cientistas envolvidos no estudo, esses objetos não pertencem ao Cinturão de Kuiper tradicional. Há uma lacuna significativa entre 55 e 70 UA, e o novo cinturão, apelidado de “Cinturão de Kuiper 2”, parece se estender de 70 a 90 UA, ou seja, a uma distância de até 13,5 bilhões de quilômetros do Sol. Para comparação, Netuno está a 30 UA e a New Horizons, atualmente, a 60 UA.

Essa descoberta pode fornecer novas perspectivas sobre a formação e a arquitetura do Sistema Solar.

Descoberta abre caminho para encontrar possível Planeta Nove do Sistema Solar

Acredita-se que a distribuição do Cinturão de Asteroides (entre Marte e Júpiter) e objetos do Cinturão de Kuiper seja resultado de eventos ocorridos durante a formação dos planetas, quando Júpiter migrou e espalhou corpos menores pelo Sistema Solar. 

Essa nova população de objetos pode estar conectada com as descobertas de poeira cósmica feitas pelo contador de partículas a bordo da New Horizons. Mesmo enquanto a espaçonave se afasta do Cinturão de Kuiper, impactos de poeira continuam sendo detectados, sugerindo a presença de corpos além dessa região.

Além disso, ocultações estelares observadas pela New Horizons – quando um objeto passa na frente de uma estrela distante – também sugerem a existência de corpos invisíveis nas regiões mais afastadas do Sistema Solar. 

Observações de discos protoplanetários ao redor de outras estrelas, feitas pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), no Chile, indicam que sistemas planetários podem ter estruturas semelhantes com múltiplos cinturões.

Para Wesley Fraser, do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá, líder do estudo, a descoberta do Cinturão de Kuiper 2 pode desafiar a ideia de que nosso cinturão de corpos gelados é pequeno em comparação com outros sistemas planetários. “Então, talvez, se esse resultado for confirmado, nosso Cinturão de Kuiper não seja tão pequeno e incomum em comparação com aqueles em torno de outras estrelas”.

Os astrônomos continuarão a monitorar esses 11 objetos recém-descobertos, pois acredita-se que sejam apenas a ponta do iceberg. Isso sugere a existência de uma população muito maior, que pode incluir mais planetas anões e até mesmo o hipotético Planeta Nove.

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Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.

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Fonte:  Olhar Digital   / Flavia Correia  Publicação 19/09/2024

https://olhardigital.com.br/2024/09/19/ciencia-e-espaco/novo-cinturao-de-kuiper-sistema-solar-pode-ser-muito-maior-do-que-se-pensava/

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Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas” e "Conhecendo a Energia produzida no Sol".

Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.

>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.

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