Caro(a) Leitor(a);
Objetos no Cinturão de Kuiper - (crédito: Reprodução/Hubble)
Núcleo interno do
Cinturão de Kuiper pode ajudar a desvendar mistério sobre a criação do sistema
Objetos no Cinturão de
Kuiper - (crédito: Reprodução/Hubble)
Para além de Netuno, na
região remota do Cinturão de Kuiper, evidências de uma "estrutura muito
antiga e intacta" intrigou pesquisadores do Canadá. Semelhante a um
cinturão de asteroides, o Cinturão de Kuiper é considerado uma “terceira zona
do Sistema Solar”. É nesse espaço, que mais se assemelha a uma “rosquinha” do
que a um cinto, que se localizam corpos cósmicos como Plutão.
A nova estrutura
descoberta, apelidada de “núcleo interno”, é um conglomerado de objetos do
Cinturão de Kuiper (KBOs, na sigla em inglês) com órbitas semelhantes, todas
circulares e quase completamente alinhadas com o disco do Sistema Solar. "Esse tipo de estabilidade orbital é um sinal de uma
estrutura muito antiga e intacta – o tipo de estrutura que pode fornecer pistas
sobre a evolução do sistema solar, como os planetas gigantes se moveram em suas
órbitas, que tipo de ambientes interestelares o sistema solar atravessou,
enfim, todo tipo de informação sobre os primórdios do sistema solar",
explica Amir Siraj, pesquisador da Universidade de Princeton e autor principal
do estudo, à New Scientist.
Localizado a 43
Unidades Astronômicas (UA) do Sol, sendo UA a distância entre a Terra e o
astro, o núcleo interno também pode ajudar a desvendar detalhes sobre a
trajetória de Netuno. Uma das hipóteses é que o conglomerado pode ter surgido
com a migração do planeta gelado.
A teoria é de que
Netuno tenha se formado no Sistema Solar interno e migrado para mais longe do
Sol até alcançar a posição atual. David Nesvorný, pesquisador do Southwest
Research Institute, explica que, por ser um planeta gigante, Netuno pode ter
“capturado” esses KBOs por meio de interações gravitacionais, formando os
núcleos.
O nome “núcleo interno”
se deve ao fato de que pesquisadores já descobriram outro conglomerado no Cinturão de Kuiper, que foi chamado apenas de “núcleo”. No entanto, a nova
descoberta mostra um conglomerado ainda mais compacto. As observações
representam um avanço para entender como o nosso Sistema Solar se originou.
Por Gabriella Braz ; postado em 21/11/2025
Para saber mais, acesse o link>
Fonte: Correio Brasiliense / Publicação 21/11/2025
Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos de Economia, Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia Climatologia). Participou do curso Astrofísica Geral no nível Georges Lemaître (EAD), concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).


Nenhum comentário:
Postar um comentário