domingo, 7 de dezembro de 2025

Brasil e França avançam na cooperação científica com balões estratosféricos

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Presidente da AEB, Marco Antonio Chamon, durante lançamento de sonda atmosférica para coleta de dados ambientais

Workshop reuniu especialistas para definir prioridades científicas e consolidar a implantação da nova base de lançamento de balões no Tocantins

Entre 25 e 27 de novembro, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Universidade Federal de Tocantins (UFT) promoveram, em Palmas (TO), o Balloon and Science Workshop. O encontro reuniu pesquisadores e gestores do Brasil e da França com o objetivo de fortalecer a cooperação científica em pesquisas atmosféricas conduzidas com balões estratosféricos.

O workshop integrou o acordo de cooperação firmado em 2021 entre a AEB e o Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (CNES), que prevê parcerias para fins pacíficos, com ênfase em atividades científicas e projetos envolvendo balões.

Em 2023, as duas agências assinaram uma Carta de Intenções para implementar uma nova base de lançamento de balões em Palmas. O compromisso avançou em setembro deste ano, quando a UFT adquiriu o terreno destinado à construção da base, e foi formalizado em outubro durante a 7ª Cúpula de Sustentabilidade Espacial, realizada em Paris.

O presidente da AEB, Marco Antonio Chamon, destacou a relevância estratégica da iniciativa. “A parceria entre Brasil e França no desenvolvimento da base de lançamento de balões em Palmas representa um marco para a ciência atmosférica e para a soberania tecnológica do nosso país. Estamos criando oportunidades para que pesquisadores brasileiros participem de missões de ponta, ampliando nossa capacidade de gerar conhecimento e inovação em cooperação internacional”, afirmou.

O evento foi coorganizado pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS) e pela Universidade de São Paulo (USP), o que ampliou o engajamento acadêmico e científico brasileiro.

Além dos pesquisadores da AEB, CNES, CNRS, UFT e USP, participaram também representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O grupo buscou identificar questões científicas comuns investigáveis por meio de observações com balões e definir necessidades compartilhadas em medições, instrumentação e modelagem.

Como atividade demonstrativa, ocorreram dois lançamentos de balões-sonda a partir da UFT. Os equipamentos transportaram cargas científicas destinadas à medição de propriedades atmosféricas desde a superfície até a estratosfera. Entre os instrumentos utilizados, destacaram-se o AIRCORE, voltado à medição da concentração de gases de efeito estufa, e o MicoHygro, empregado para registrar perfis verticais de vapor d’água.

A reitora da UFT, Maria Santana, ressaltou o impacto regional da iniciativa. “A futura base de lançamento de balões será um polo de pesquisa avançada, integrando nossos estudantes e pesquisadores a uma rede global de ciência. Essa iniciativa reforça o papel da Universidade Federal de Tocantins como protagonista no desenvolvimento científico da região e do Brasil”, declarou.

Sobre a AEB

A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.

Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.

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Fonte: Agência Espacial Brasileira / Publicação 03-12-2025

https://www.gov.br/aeb/pt-br/assuntos/noticias/brasil-e-franca-avancam-na-cooperacao-cientifica-com-baloes-estratosfericos

Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos de Economia, Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia Climatologia). Participou do curso Astrofísica Geral no nível Georges Lemaître (EAD), concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Em outubro de 2014, ingressou no projeto , que integra o () administrado pela . Posteriormente, em setembro de 2016, passou a participar do , um programa mundial de ciência e educação com foco no monitoramento do .