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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Diamantes cósmicos formados por colisões planetárias

Caros Leitores;














Dois planetas se chocam. O resultado é destruição, calor e… diamantes? Inesperadamente, isso mesmo! Cientistas da Universidade de Goethe, junto com cientistas internacionais, descobriram que diamantes cósmicos se formaram através de colisões planetárias e de asteroides no início da formação do sistema solar, em um estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Science.

O início do sistema solar foi bastante conturbado. Hoje, é um sistema estável. Estável o suficiente para a Terra abrigar vida há bilhões de anos. No entanto, no passado não era assim. Muitos planetas menores vagavam por aqui, e não era raro que as órbitas coincidissem. Hoje, resta apenas os sobreviventes dos “jogos vorazes”. Foi, inclusive, possivelmente uma dessas colisões que formou a Lua.

São, entre os diamantes cósmicos encontrados, os maiores diamantes extraterrestres já observados. Mas isso não significa que eles sejam de fato grandes. Encontrados em meteoritos, possuem cerca de apenas alguns décimos de milímetros. É como um grãozinho de areia meio grande, mas feito de diamante.

Isso pode refutar a ideia de que eles se formam no interior dos planetas pela pressão, conforme um comunicado da Universidade Goethe – pelo menos nos casos de planetas pequenos, como Mercúrio. Na Terra ainda há chances de a pressão da crosta ser suficiente. De qualquer forma, a descoberta nos ajudará na história do sistema solar, já que ainda temos muito a aprender.

HDs naturais

Os cientistas acreditam que mais de 10 milhões de asteroides circundam a Terra no cinturão de asteroides localizado entre as órbitas Marte e Júpiter. Quando o sistema solar se formou, alguns corpos grandes nasceram, como o Sol e os planetas. O restante dos detritos, que ou não conseguiram crescer mais, ou foram destruídos por impactos, são hoje asteroides. 

Alguns dos asteroides liberam fragmentos – meteoroides – suficientemente grandes para não queimar completamente na atmosfera da Terra enquanto meteoros. Quando tocam o solo, então,  tornam-se meteoritos. Por conter amostras do espaço, muitas vezes antiquíssimas, apresentam uma rica história. É como um HD do nosso Sistema Solar

Dentre os tipos de meteoritos, os ureilitos são bastante especiais. Eles representam menos de 1% dos meteoritos, conforme o Serviço Geológico do Brasil. Além de bastante raros, eles carregam dados importantes. Isso porque são originados em corpos maiores do que asteroides – provavelmente pequenos planetas. Ao serem destruídos com impactos, os planetas liberaram fragmentos, que um dia tornaram-se os ureilitos.

Diamantes cósmicos

Em ureilitos encontrados em Marrocos e no Sudão, os cientistas foram capazes de detectar os diamantes. Além disso, eles encontraram Lonsdaleíta, um polimorfo de carbono que só se forma com os diamantes em pressões muito altas de maneira repentina. Ou seja, não é a pressão contínua abaixo de grande porções de terra, mas sim um grande e rápido impacto. 

“Nossos extensos novos estudos mostram que esses diamantes extraterrestres incomuns se formaram por meio da imensa pressão de choque que ocorreu quando um grande asteroide ou mesmo um planeta menor colidiu com a superfície do corpo original ureilita”, explica o geocientista Frank Brenker, em um comunicado.

“É possível que tenha sido precisamente esse enorme impacto que levou à destruição completa do planeta menor”, diz o professor Brenker. Ele ainda explica que isso não mostra apenas que naquela época havia mais planetas no sistema solar, mas sim “das imensas forças destrutivas que prevaleciam naquela época”.

O estudo foi publicado no periódico Proceedings of the National Academy of ScienceCom informações de Goethe Universität e Futura Sciences.


Fonte: So Científica / / 08-10-2020   

https://socientifica.com.br/diamantes-cosmicos-formados-por-colisoes-planetarias/
   
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HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.

Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´sRadiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.


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