Uma equipe de pesquisadores identificou um grupo de buracos negros que antes eram confundidos com um tipo diferente de buraco negro, conforme descrito em nosso último comunicado à imprensa . Essa descoberta tem implicações importantes para entender como os buracos negros supermassivos crescem e evoluem ao longo de bilhões de anos.
Os buracos negros mal julgados foram encontrados no Chandra Deep Field-South (CDF-S), a mais profunda imagem de raio-x já feita. O painel principal do gráfico mostra o CDF-S, que contém mais de 7 milhões de segundos de tempo de observação de Chandra coletados ao longo de muitos anos. Nesta imagem, vermelho, verde e azul representam os raios X de baixa, média e alta energia que Chandra pode detectar. A maioria dos pontos nesta imagem é um buraco negro.
Este trabalho mais recente combina raios X de Chandra no CDF-S com grandes quantidades de dados em diferentes comprimentos de onda de outros observatórios, incluindo o Telescópio Espacial Hubble da NASA e o Telescópio Espacial Spitzer da NASA. A equipe analisou buracos negros localizados a 5 bilhões de anos-luz ou mais da Terra neste pedaço de céu. A essas distâncias, os cientistas já haviam encontrado 67 buracos negros crescentes e muito obscuros, com dados de raios X e infravermelho no CDF-S. Neste último estudo, os autores identificaram outros 28, destacados por círculos em uma versão rotulada da imagem. Imagens ópticas e infravermelhas para quatro dessas 28 são mostradas em um gráfico separado.
Esses 28 buracos negros supermassivos foram anteriormente classificados de maneira diferente - como buracos negros de crescimento lento, com baixa densidade ou casulos inexistentes, ou como galáxias distantes. Buracos negros supermassivos crescem puxando o material circundante, que é aquecido e produz radiaçãoem uma ampla gama de comprimentos de onda, incluindo raios-X. Muitos astrônomos pensam que esse crescimento inclui uma fase, que aconteceu bilhões de anos atrás, quando um denso casulo de poeira e gás cobre a maioria dos buracos negros. Esses casulos de material, que são a fonte de combustível que permite que o buraco negro cresça e gere radiação, estão representados na ilustração do artista. O casulo (vermelho) envolve um disco de material que cai no buraco negro, além de um vento de material (azul) soprando para longe do disco. Uma parte do casulo é cortada para mostrar o buraco negro fortemente obscurecido.
Esses resultados são importantes para modelos teóricos que estimam o número de buracos negros no universo e suas taxas de crescimento, incluindo aqueles com diferentes quantidades de obscurecimento. Os cientistas projetam esses modelos para explicar um brilho uniforme nos raios X no céu, chamado de " fundo dos raios X ", descoberto pela primeira vez na década de 1960. Buracos negros crescentes individuais observados em imagens como o CDF-S são responsáveis pela maior parte do fundo dos raios-X.
Um artigo relatando os resultados deste estudo está sendo publicado no The Astrophysical Journal e uma cópia está disponível online . Os outros autores do artigo são Erini Lambrides (Universidade Johns Hopkins em Baltimore, Maryland), Marco Chiaberge (Instituto de Ciências do Telescópio Espacial em Baltimore, Maryland), Roberto Gilli (Instituto Nacional de Astrofísica em Bolonha, Itália), Timothy Heckman (Johns Hopkins ), Fabio Vito (Pontifícia Universidade Católica do Chile em Santiago) e Colin Norman (Johns Hopkins).
Crédito da imagem: Raio-X: NASA / CXC / Penn State / B.Luo et al; Ilustração: NASA / CXC / M. Weiss
Leia mais no Observatório de Raios-X Chandra da NASA.
Para mais imagens Chandra, multimídia e materiais relacionados, visite:
https://www.nasa.gov/chandra/images/cases-of-black-hole-mistaken-identity.html
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HélioR.M.Cabral (Economista,
Escritor e Divulgador de conteúdos da
Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Membro da Society for
Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA
(National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa
do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´sRadiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
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