Caros Leitores;
Manchas escuras no Sol revelam áreas de temperatura mais fria. Imagem: Tuntekron Petsajun – Shutterstock
Uma imagem da matéria colidindo com a superfície de uma estrela jovem, a melhor registrada até então, pode lançar luz sobre como pode ter sido a aparência do Sol no início de sua vida.
De acordo com um estudo publicado na revista Nature, estrelas recém-nascidas são rodeadas por um disco de gás e poeira do qual surgem planetas, asteroides, cometas e luas. “O campo magnético da estrela a conecta com esse disco protoplanetário, canalizando material do disco para a estrela”, disse a autora principal do estudo, Catherine Espaillat, astrofísica da Universidade de Boston, ao Space.com.
Espaillat e seus colegas investigaram o local da estrela onde seu campo magnético deposita material de disco protoplanetário. “Essa pegada é chamada de ‘ponto quente’, pois o material fica muito quente quando atinge a superfície da estrela”, explicou ela.
Estudo foi realizado graças à atuação conjunta de diversos observatórios
Os cientistas se concentraram na GM Aurigae, uma estrela com aproximadamente a mesma massa do Sol, localizada a cerca de 420 anos-luz de distância, na constelação de Auriga. A GM Aurigae tem apenas cerca de 2 milhões de anos – em comparação, o Sol tem cerca de 4,6 bilhões de anos.
Nenhum trabalho anterior conseguiu obter uma imagem mais clara da estrutura e da dinâmica desses pontos críticos. No novo estudo, os pesquisadores analisam GM Aurigae com vários observatórios – os telescópios espaciais Hubble, Swift e TESS, bem como o Small and Moderate Aperture Research Telescope System, no Chile, o Lowell Discovery Telescope, no Arizona, e a rede global Las Cumbres Observatory de telescópios.
“Esta é a primeira vez que um estudo coordenado por tempo tão extenso foi feito em uma jovem estrela”, disse Espaillat.
Segundo descobriram os cientistas, a luz visível do GM Aurigae atingiu um pico de brilho cerca de um dia após a luz ultravioleta. Eles sugeriram que isso aconteceu porque a fonte da luz visível e ultravioleta entrou e saiu do campo de visão enquanto girava junto com a estrela.
Manchas escuras do Sol são áreas mais frias
Quando combinados com simulações computadorizadas de acúmulo de matéria nas estrelas, essas descobertas sugerem que o ponto quente varia em densidade do centro à borda na superfície da estrela. As áreas do ponto quente com densidades diferentes têm temperaturas diferentes e, portanto, emitem comprimentos de onda de luz diferentes.
“Pela primeira vez, mapeamos a estrutura nesse ponto quente usando observações e confirmamos as previsões teóricas”, afirmou Espaillat. “Esse resultado nos ensina mais sobre como era nosso Sol quando era jovem. Agora, nosso Sol tem manchas solares, áreas escuras onde a temperatura na superfície é mais fria. Quando nosso Sol era jovem, ele também tinha pontos quentes”.
Mais detalhes sobre esses pontos quentes poderão ser analisados em pesquisas futuras sobre a GM Aurigae e outras estrelas.
Fonte: Phys News / Por Flavia Correia, editado por André Lucena / 08-09-2021
https://olhardigital.com.br/2021/09/06/ciencia-e-espaco/astronomos-podem-ter-descoberto-como-o-sol-era-na-infancia/
Obrigado
pela sua visita e volte sempre!
Hélio R.M.Cabral (Economista,
Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e
Climatologia). Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020,
pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Acompanha e divulga os
conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration),
ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa
do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA. A
partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB),
como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
Page: http://pesqciencias.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário