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Telescópio espacial Hubble e telescópio espacial James Webb trabalharão como uma equipe nas pesquisas do cosmos. Imagem: Hubble – Artsiom P/Shutterstock – James Webb – Gratispng. Montagem: Olhar Digital
Pronto para ser lançado e se tornar o observatório mais poderoso do espaço, o telescópio espacial James Webb finalmente poderá pôr em prática a ciência do futuro, 25 anos depois de começar a ser projetado. Erroneamente chamado de “substituto do Hubble”, ele, na verdade, fará coisas diferentes e, por vezes, complementares às pesquisas do colega mais velho.
Lançado para a órbita baixa da Terra em abril de 1990, o telescópio espacial Hubble, ao longo das três décadas desde então, expandiu nossa visão do cosmos e prendeu nossa atenção com as imagens impressionantes que coleta.
Graças ao Hubble, como ressalta o site Space, o que antes era um abismo tênue e misterioso tornou-se um universo detalhado e colorido, e passamos a poder ver estrelas e galáxias como nunca haviam sido vistas antes.
Já o telescópio espacial James Webb, que está programado para ser lançado na manhã deste sábado (25), fará as coisas de maneira um pouco diferente. Com seu espelho gigante de ouro e ferramentas de observação de luz infravermelha, ele foi projetado, segundo a Nasa, para “ver” objetos 10 a 100 vezes mais fracos do que o que o Hubble é capaz de captar.
Objetivo é que o telescópio espacial James Webb trabalhe com parceria com o Hubble
Hubble também tem capacidade de observar infravermelho
Embora pareçam tão opostos (um, com uma tecnologia de próxima geração, o outro, com mais de 30 anos nas costas), ambos funcionarão juntos, trabalhando como uma boa dupla – mesmo que distantes um do outro.
Enquanto Hubble está bem perto de nós na órbita baixa da Terra, Webb viajará muito mais longe, para um ponto gravitacionalmente estável a 1,5 milhão de quilômetros da Terra conhecido como Sol-Terra Lagrange ponto 2 (L2).
Além disso, os dois na verdade “enxergam” o universo de maneira muito diferente. “Serão imagens incríveis; elas serão melhores do que o Hubble fez”, disse Klaus Pontoppidan, cientista do projeto Webb no Space Telescope Science Institute em Baltimore, durante uma entrevista coletiva em maio.
Saindo do comparativo, o fato é que as imagens serão “diferentes, porque têm comprimentos de onda diferentes”, disse Pontoppidan.
Hubble observa a luz principalmente em comprimentos de onda ópticos e ultravioleta. Já Webb é projetado para detectar luz infravermelha principalmente. Observando em infravermelho, Webb irá capturar imagens de uma beleza única, segundo os pesquisadores.
“Acho que será fantástico”, disse Pontoppidan, “mas é muito difícil prever como será, pois esta será a primeira missão de telescópio espacial desse tipo”.
Ele volta a frisar o quanto os dois telescópios espaciais trabalham de maneiras distintas. “Será muito, muito diferente do Hubble”, disse Pontoppidan. “As próprias estrelas desaparecem, ficam cada vez mais fracas [quando] se atinge [um] comprimento de onda mais longo, mas as nuvens interestelares ficam cada vez mais e mais brilhantes”.
“Algumas características de gás e poeira tornam-se um pouco tênues conforme você começa a entrar na parte da luz infravermelha do espectro”, explicou Pontoppidan, reforçando que isso não é necessariamente uma coisa ruim.
“Acho que talvez houvesse alguma preocupação de você não querer imagens que acabam parecendo finas”, disse Pontoppidan. “Mas, na verdade, se você for um pouco mais longe no infravermelho, a própria poeira acende na luz térmica. Você obtém uma nebulosa que brilha”.
O Hubble pode ver a luz em uma faixa de comprimento de onda de cerca de 200 nanômetros (nm) a 2,4 mícrons, enquanto a faixa de Webb vai de cerca de 600 nm a 28 mícrons, de acordo com a ficha técnica da Nasa, que acrescentou que a luz visível varia de cerca de 700 a 400 nm.
Mesmo que Webb observe principalmente a luz infravermelha, ele ainda será capaz de ver a parte vermelha / laranja do espectro de luz visível. Segundo a Nasa, o revestimento dourado de seus espelhos absorve a luz azul do espectro visível, mas reflete a luz visível amarela e vermelha que será detectada.
Embora não seja sua função de observação primária, o Hubble também tem a capacidade de observar alguns infravermelhos, portanto, esse tipo de observação não é um diferencial completo.
O Hubble fornece ao mundo imagens impressionantes há décadas e possui nitidez semelhante à do Webb. “A resolução angular de Webb, ou nitidez de visão, será a mesma que a de Hubble”, de acordo com o informativo. “As imagens de Webb parecerão tão nítidas quanto as do Hubble”.
De acordo com a Nasa, a resolução de Webb permitiria que ele visse os detalhes de um objeto do tamanho de um centavo dos EUA a 40 km de distância.
Ainda segundo a agência, Webb tem um espelho muito maior e é projetado para ver mais profundamente no espectro infravermelho do que Hubble. O espelho maior oferece mais área de superfície para coletar luz, permitindo que o escopo perscrute ainda mais o espaço, o que essencialmente permite que os cientistas olhem “para trás no tempo”, para o universo bilhões de anos atrás.
“Webb foi projetado para ser capaz de ver as primeiras estrelas e galáxias que se formaram no início do universo”, relatou o documento da agência espacial norte-americana.
Fonte: Olhar Digital / Por Flavia Correia, editado por André Lucena /23-12-2021
https://olhardigital.com.br/2021/12/23/ciencia-e-espaco/telescopio-espacial-james-webb-vs-hubble-as-imagens-tem-comparacao/?utm_campaign=notificacao&utm_source=notificacao
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Hélio R.M.Cabral (Economista,
Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e
Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Acompanha e divulga os
conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration),
ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa
do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA. A
partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB),
como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
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