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A Índia instalou pela primeira vez um telescópio de espelho líquido no topo de uma montanha no Himalaia. O telescópio de espelho líquido agora monitorará o céu para identificar objetos transitórios ou variáveis, como supernovas, lentes gravitacionais, detritos espaciais e asteróides.
O Telescópio Internacional de Espelhos Líquidos ( ILMT ) está situado a uma altitude de 2.450 metros no campus do Observatório Devasthal do Instituto de Pesquisa de Ciências Observacionais Aryabhatta ( ARIES ). O telescópio ajudará a estudar o céu, possibilitando observar várias galáxias e outras fontes astronômicas apenas olhando para a faixa de céu acima.
Construído por astrônomos da Índia, Bélgica e Canadá, o telescópio usa um espelho giratório de 4 metros de diâmetro feito de uma fina película de mercúrio líquido para coletar e focalizar a luz . Os cientistas giraram um recipiente cheio de cerca de 13 galões de mercúrio, que é um líquido reflexivo, de modo que a superfície se curvasse em uma forma parabólica ideal para focalizar a luz.
A luz refletida passa por um sofisticado corretor óptico multi-lente que produz imagens nítidas em um amplo campo de visão. Uma câmera eletrônica de grande formato localizada no foco grava as imagens.
“A rotação da Terra faz com que as imagens se movimentem em torno da câmera, mas esse movimento é compensado eletronicamente pela câmera. Esse modo de operação aumenta a eficiência da observação e torna o telescópio especialmente sensível a objetos fracos e difusos”, diz . Professor Paul Hickson (Universidade da Colúmbia Britânica, Canadá), especialista em tecnologia de espelhos líquidos.
O ILMT é o primeiro telescópio de espelho líquido projetado exclusivamente para observações astronômicas instalado no Observatório ARIES Devasthal, disse o diretor do ARIES, professor Dipankar Banerjee. O Observatório Devasthal agora abriga dois telescópios de quatro metros: o ILMT e o Telescópio Óptico Devasthal (DOT). Ambos são os maiores telescópios de abertura disponíveis no país.
"A riqueza de dados gerados com a pesquisa do ILMT será exemplar. No futuro, vários jovens pesquisadores trabalharão em diferentes programas científicos usando os dados do ILMT", disse o Dr. Kuntal Misra, investigador do projeto ILMT no ARIES.
"Quando as operações científicas regulares começarem ainda este ano, o ILMT produzirá cerca de 10 GB de dados a cada noite, que serão rapidamente analisados para revelar fontes estelares variáveis e transitórias", disse o Dr. Brajesh Kumar, Cientista do Projeto ILMT no ARIES.
O DOT de 3,6 metros, com a disponibilidade de sofisticados instrumentos de apoio, permitirá observações rápidas de acompanhamento de fontes transitórias recém-detectadas com o ILMT adjacente. Os dados coletados pelo ILMT serão ideais para a realização de um estudo aprofundado da variabilidade fotométrica e astrométrica ao longo de vários anos.
Juntamente com o ARIES na Índia, a colaboração do ILMT inclui pesquisadores da Universidade de Liège e do Observatório Real da Bélgica na Bélgica, o Observatório de Poznan na Polônia, o Instituto Astronômico Ulugh Beg da Academia de Ciências do Uzbequistão e a Universidade Nacional do Uzbequistão no Uzbequistão, a Universidade da Colúmbia Britânica, a Universidade Laval, a Universidade de Montreal, a Universidade de Toronto, a Universidade de York e a Universidade de Victoria no Canadá. O telescópio foi projetado e construído pela Advanced Mechanical and Optical Systems (AMOS) Corporation e pelo Centre Spatial de Liège na Bélgica.
Fonte: World Energy Trade / 09-06-2022
https://www.worldenergytrade.com/innovacion/ciencia-espacial/india-telescopio-espejo-liquido-astronomia-mundo
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Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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