A dobra espacial é um elemento fictício de espaçonaves, descrito em muitas obras de ficção científica, cuja velocidade excede a velocidade da luz. No entanto, existem muitas questões que põem em dúvida a criação de dobra espacial.
Teoricamente, as viagens a velocidades superiores à da luz são possíveis se se criar uma redistribuição da energia escura no espaço ao redor da espaçonave, para que haja um excesso dela atrás da espaçonave e uma região de energia negativa em sua frente.
No entanto, em primeiro lugar, atualmente quase não sabemos nada sobre a energia escura e, em segundo lugar, com base na teoria da relatividade geral de Albert Einstein, a redistribuição de um grande número de partículas hipotéticas de matéria com propriedades exóticas exigiria uma enorme quantidade de energia.
O novo estudo, realizado pelo astrofísico Erik Lentz, contorna as questões com uma nova classe de ondas únicas ultrarrápidas e estáveis – solitões – criadas apenas por fontes de energia positiva, segundo pesquisa publicada na revista Classical and Quantum Gravity.
Dr. Lentz descreve configurações teoricamente possíveis da curvatura do espaço-tempo, organizadas em solitões ou "bolhas de curvatura", que são ondas compactas que, mantendo sua forma, podem se mover a qualquer velocidade. Uma espaçonave colocada dentro dessa bolha se moveria junto com o solitão.
De acordo com os cálculos do cientista, se pudesse ser gerada energia suficiente, levaria apenas quatro anos para chegar à estrela mais próxima de Proxima Centauri dentro de uma bolha de dobra. Com a atual tecnologia de foguetes, o tempo dessa viagem seria mais de 50 mil anos. Todas as equações utilizadas por dr. Lentz são baseadas na física tradicional.
"Este trabalho moveu o problema das viagens mais rápidas do que a velocidade da luz em um passo da área da pesquisa teórica da física fundamental para as ciências de engenharia", disse dr. Lentz.
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