Em 24 de agosto de 2006, a União Astronômica Internacional definiu o que é um planeta, planeta anão e outros pequenos corpos menores do Sistema Solar. A necessidade de realizar essas definições surgiu do avanço tecnológico. Na época, novos objetos celestes estavam sendo descobertos na região onde se localizava Plutão, que até então, era considerado um planeta. O questionamento na época era: se Plutão é um planeta, por que os demais objetos celestes descobertos na região de Plutão, não podem se enquadrar como um planeta?
A União Astronômica Internacional
Fundada em 1919, a União Astronômica Internacional tem como missão promover e garantir os conteúdos relativos à ciência da Astronomia em todos os seus aspectos, incluindo pesquisa, comunicação, educação e desenvolvimento, por meio da cooperação internacional. No total são 11776 membros formados por astrônomos profissionais de todo o mundo, com nível de doutorado e ativos em pesquisas.
Em agosto de 2006, ocorreu a famosa reunião em Praga, a capital da República Tcheca. Nessa reunião, os membros da União Astronômica Internacional realizaram um longo debate sobre qual é a melhor definição de Planeta. Pois afinal, até o presente momento, não existia uma definição oficial. Além disso, com o advento da tecnologia, novos objetos celestes estavam sendo descobertos na região de Plutão e, até maiores que Plutão. Sendo assim, os astrônomos e os observatórios que estavam descobrindo esses objetos celestes estavam reivindicando os registros dos seus nomes para serem lembrados na História da Astronomia como os descobridores de novos planetas.
Três definições
Publicada em 24 de agosto de 2006, a Resolução B5, define que:
Um planeta é:
a) um corpo celeste que orbita em torno do Sol;
b) tem massa suficiente para que sua auto gravidade supere as forças do corpo rígido,
de modo que, assume uma forma de equilíbrio hidrostático (quase esférica) e;
c) é um objeto de dimensão predominante entre os objetos que se encontram em órbitas vizinhas.
É interessante observar que na nota de rodapé da Resolução B5 é afirmado que
os oitos planetas são:
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
Ainda, no mesmo documento, temos as definições sobre planetas anões e os pequenos corpos do Sistema Solar. Define-se planetas anões como:
a) um corpo celeste que orbita em torno do Sol;
b) tem massa suficiente para que sua auto gravidade supere as forças do corpo rígido,
de modo que, assume uma forma de equilíbrio hidrostático (quase esférica);
c) não precisa ser um objeto de dimensão predominante entre os objetos que se encontram em órbitas vizinhas e;
d) não é um satélite.
Para os demais objetos celestes e, com exceção dos satélites, a União Astronômica Internacional criou uma categoria. Está descrito na Resolução 5B que:
todos os outros objetos, exceto satélites, orbitando o Sol devem ser referidos coletivamente como “pequenos corpos do Sistema Solar”.
Saiba como é movimento dos planetas
Um “novo” planeta anão: o caso Plutão
Diante destas definições, muitos defensores de Plutão, iniciaram um movimento para que Plutão não fosse categorizado como planeta anão. Principalmente os americanos, pois a descoberta de Plutão é associada ao americano Percival Lowell. Diante deste e de outros movimentos que estavam acalorados na época, a União Astronômica Internacional resolveu publicar a Resolução B6, onde afirma que:
Plutão é um "planeta anão" pela definição acima e é reconhecido como o protótipo de uma nova categoria de objetos trans-netunianos.
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