Uma equipe de pesquisadores analisou a composição de uma amostra de pó de basalto na Groenlândia e chegou à conclusão que ela vem de um dos períodos mais antigos de nosso planeta.
A Groenlândia tem indícios de magma oceânico de 3,7 bilhões de anos, relata o portal EurekAlert.
Como parte do estudo, publicado na revista Science Advances, cientistas da Universidade de Cambridge, Reino Unido, e da Universidade de Carleton, Canadá, examinaram o Cinturão Isua, no sudoeste da Groenlândia, tendo retirado uma amostra de pó de basalto e observado os níveis de isótopos de ferro e tungstênio.
O cinturão é uma faixa de crosta que permaneceu relativamente inalterada por 3,7 bilhões de anos, tornando suas rochas as mais antigas da Terra.
As assinaturas químicas refletem o nascimento do basalto a partir de uma mistura de componentes de diferentes partes do manto da Terra, em uma época em que a superfície de nosso planeta, derretida por magma, estava endurecendo.
A pesquisa mostrou que as rochas de Isua também preservam raras evidências que antecedem mesmo a tectônica de placas, ou seja, os resíduos de alguns dos cristais deixados para trás quando o magma oceânico esfriou.
"Foi uma combinação de algumas novas análises químicas que fizemos com dados publicados anteriormente que nos indicou que as rochas de Isua poderiam conter vestígios de material antigo. Os isótopos de háfnio e neodímio eram realmente tentadores, porque esses sistemas de isótopos são muito difíceis de modificar, então tivemos que olhar para a química deles com mais detalhe", disse Helen Williams, da Universidade de Cambridge, autora principal do estudo.
Embora os registros do passado distante da Terra desapareçam gradualmente, os cientistas estão aprendendo rapidamente como desvendar as pistas, de forma a descobrir a história da formação e evolução da Terra, refere Williams.
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