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sábado, 17 de julho de 2021

Árvore plantada em Cambará é reconhecida pela NASA como uma das mudas de sementes que integraram missão à Lua

 Caros Leitores;







Sequoia Lunar é atração da praça central da cidade desde 1982 e agora foi reconhecida pelo site da agência norte-americanaAndrews Mohr / Divulgação

Uma sequoia que foi plantada em 1982, entre dois cambarás, na Praça São José, em Cambará do Sul, finalmente teve sua origem comprovada. Ela passou a constar na lista da NASA (Agência Espacial Americana) que referencia a localização do plantio de mais de 450 mudas que foram distribuídas a diversos lugares do mundo no projeto The Moon Trees (árvores da Lua). 

Foram mudas que germinaram a partir de sementes que fizeram parte de uma experiência biológica da missão espacial Apollo 14, que enviou três astronautas à órbita da Lua em 1971. No Brasil, apenas três lugares contam com um exemplar de "Sequoia Lunar". Além de Cambará, na Serra, foi registrado o plantio de uma na sede do Ibama, em Brasília (DF), e há outra também em solo gaúcho, no Parque de Exposições de Santa Rosa.

Em Cambará, o plantio da muda foi realizado pelo prefeito da época, Pedro Teixeira Constantino, em um ato público. Um jornal que circulou na cidade durante o mandato dele, Sentinela Cambaraense, extinto em janeiro de 1983, noticiou o evento que ocorreu no dia 26 de setembro, alusivo ao Dia da Árvore, celebrado em 21 do mesmo mês. 

A publicação informava que a muda plantada pelo prefeito havia sido fornecida por um delegado do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), órgão que também foi extinto em 1983. Este é o único registo conhecido, já que a documentação oficial acabou sendo danificada pela chuva.

— O certificado estava em uma urna que foi enterrada na praça com outros documentos, mas acabou tendo infiltração e nada do que estava dentro foi recuperado. Tentei buscar mais informações na prefeitura, mas também não encontraram documentos sobre isso. Por muito tempo as pessoas acharam que fosse mentira, mas agora está ali a comprovação — declara Lorene Dalanhol, 62 anos, que foi companheira do prefeito nos últimos 16 anos de vida dele.

A atual administração municipal não sabe informar o motivo pelo qual Cambará foi contemplada com a muda. Em reportagem produzida por GZH, em 2014, a então coordenadora de turismo Rosevane de Souza, disse que um sorteio teria ocorrido. Seu Gesmar Borges, que vai completar 80 anos no dia 21 de setembro (Dia da Árvore) e que se considera um "anotador" da história de Cambará do Sul acredita em outra versão.

— Não sei dizer oficialmente como a cidade foi escolhida, mas lembro  que o prefeito era muito influente em Porto Alegre, inclusive junto ao consulado americano, por onde provavelmente ocorreu essa distribuição — comenta Borges.

O status de árvore lunar passou a constar no site da Nasa em março deste ano. Uma reportagem publicada pela Revista Galileu afirma que isso se deu por iniciativa de um cientista da computação gaúcho, Douglas Hecher, que desde 2017 se dedica a estudar a história e as características do Parque Nacional dos Aparados da Serra e teria enviado um e-mail à agência norte-americana. 

A publicação no site oficial da agência cita a publicação do jornal da cidade, que coincide com a época da distribuição de mudas pelo mundo, mas faz uma correção: a placa da cidade informa que a semente foi germinada na Lua, porém, segundo a NASA, nenhum solo lunar esteve envolvido no cultivo dessas árvores, ou seja, elas brotaram aqui no planeta Terra mesmo. As centenas de sementes levadas à missão pelo astronauta Stuart Roosa foram germinadas pelo Serviço Florestal americano e espalhadas pelos EUA. Outra parte foi doada a países como Japão, Suíça e Brasil.

 






A Sequoia Lunar de Cambará do Sul está localizada na área central da cidadeAndrews Mohr / Divulgação

Motivo de orgulho para a cidade

A Sequoia Lunar de Cambará está localizada na área central da cidade e acaba sendo visitada por muitos turistas, que procuram o local para fazer fotos junto ao termômetro que comprova as baixas temperaturas, tradicionalmente registradas durante o inverno serrano. Para o prefeito da cidade, Ivan do Amaral Borges, o reconhecimento de autenticidade da origem da árvore pode contribuir, ainda mais, para o desenvolvimento turístico da região.

— A concessão dos parques já está movimentando muito e isso é algo interessante, que pode despertar ainda mais. A cidade está se desenvolvendo de um jeito que não conseguimos nem imaginar aonde vai chegar, assim como essa árvore, que já está quase chegando na Lua mesmo — brincou o gestor.

Prestes a completar 39 anos de idade, a árvore atinge cerca de 30 metros de altura e 70 centímetros de diâmetro, podendo chegar aos 112 metros de altura registrados em outros exemplares de sua espécie, que é a Sequoia sempervirens, também conhecida como Sequoia-costeira.

— É a árvore mais alta do mundo, com tendência de crescer verticalmente durante os primeiros 300 anos de vida. Vivem para sempre, é o que se diz da Sequoia — afirma Ricardo Mentez, integrante da terceira geração da família que fundou e mantém o Parque das Sequoias, em Canela.

Ele diz tratar-se de uma espécie da Califórnia, que habita parte da costa norte -americana e que se aclimatou bem aqui na região da Serra. Os mais de cem exemplares que chegam a 42 metros de altura e 1,7 metro de diâmetro, que povoam o parque, são a prova disso. 

O plantio delas em Canela ocorreu em 1951, com a proposta de estudar alternativas à Araucária, símbolo do bioma local que, até então, vinha sendo explorado como matéria-prima para o setor moveleiro e de celulose. Testes realizados em Porto Alegre, por exemplo, não tiveram o mesmo êxito por conta do clima, algo que, segundo Mentez, também pode impactar o desenvolvimento da Sequoia Lunar de Santa Rosa, por ser uma região de temperaturas mais elevadas.

Além disso, o administrador do parque destaca que o desenvolvimento saudável da planta depende, de outras Sequoias no entorno, para que seja garantida a sustentação, e afirmou que a presença de calçamento sobre as raízes pode prejudicar a árvore.

 Fonte: GAUCHAZH / MILENA SCHÄFER / 16-07-2021    

https://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/geral/noticia/2021/07/arvore-plantada-em-cambara-e-reconhecida-pela-nasa-como-uma-das-mudas-de-sementes-que-integraram-missao-a-lua-ckr6px7e6007s0193v6tg53xo.html 

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HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.

Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.

Participa do projeto S`CoolGroundObservation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (CloudsandEarth´sRadiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The GlobeProgram / NASA GlobeCloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela NationalOceanicandAtmosphericAdministration (NOAA) e U.S DepartmentofState.

e-mail: heliocabral@coseno.com.br

Page: http://pesqciencias.blogspot.com.br

Page: http://livroseducacionais.blogspot.com.br

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