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Querosene solar
Engenheiros do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH), na Suíça, finalizaram os testes de sua usina solar para produzir combustível para aviação.
A planta pode ser usada para produzir combustíveis líquidos sintéticos mais ambientalmente corretos porque eles vão liberar CO2 durante sua combustão na exata medida do mesmo CO2 que foi extraído do ar para sua produção.
O CO2 e a água são extraídos diretamente do ar ambiente e quebrados usando energia solar. Este processo produz gás de síntese, uma mistura de hidrogênio e monóxido de carbono (CO), que é então processado em querosene, metanol ou outros hidrocarbonetos.
Os testes começaram há dois anos, e agora a equipe terminou de realizar não apenas a aferição técnica, mas também a avaliação dos custos de produção do "querosene solar".
Custo do combustível solar para aviação
A análise de todo o processo mostra que o querosene solar para aviação custaria entre €1,20 (R$7,70) e €2 euros (R$12,90). Para comparação, o querosene de aviação está custando por volta dos R$3,00.
Um detalhe importante é que os cálculos foram feitos para o nível de insolação de Zurique - regiões desérticas ou equatoriais, com altos recursos solares, teriam largas vantagens como locais de produção e custos bastante reduzidos.
"Ao contrário dos biocombustíveis, cujo potencial é limitado devido à escassez de terras agrícolas, essa tecnologia nos permite atender à demanda global por combustível para aviação usando menos de um por cento das terras áridas do mundo, e ela não competiria com a produção de alimentos ou alimentação para o gado," acrescentou Johan Lilliestam, membro da equipe.
Esquema da usina de produção do querosene solar.
[Imagem: ETH Zürich/Alessandro Della Bella]
Só com subsídios
Além de um combustível com preço elevado, a usina solar representa um investimento alto, de forma que a chegada dos combustíveis solares ao mercado dependerá de subsídios governamentais.
"Os instrumentos de apoio existentes na União Europeia - comércio e compensação de emissões - não são suficientes para estimular a inserção dos combustíveis solares no mercado. Em vista disso, propomos a adoção de um sistema europeu de cotas tecnológicas específicas para combustíveis de aviação. Isto exigiria que as companhias aéreas adquirissem uma parcela específica de seu combustível de fontes solares," explicou Lilliestam.
Os pesquisadores recomendam mirar em uma participação de 0,1% do consumo total de querosene de aviação na fase inicial de adoção do combustível solar, quando o preço do querosene solar será alto e as capacidades de produção baixas.
Isso, segundo eles, teria pouco impacto no custo das passagens aéreas, mas promoveria a construção de instalações de produção e desencadearia uma curva de aprendizado que poderia levar a aprimoramentos tecnológicos e a preços mais baixos. A cota poderia então ser aumentada gradualmente até que o querosene solar ocupasse seu lugar no mercado sem depender de medidas de apoio.
Bibliografia:
Artigo: Drop-in Fuels from Sunlight and Air
Autores: Remo Schäppi, David Rutz, Fabian Dähler, Alexander Muroyama, Philipp Haueter, Johan Lilliestam, Anthony Patt, Philipp Furler, Aldo Steinfeld
Revista: Nature
DOI: 10.1038/s41586-021-04174-y
Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/11/2021
Querosene de aviação é produzido com ar e Sol - mas custa caro (inovacaotecnologica.com.br)
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Hélio R.M.Cabral (Economista,
Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e
Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Acompanha e divulga os
conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration),
ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa
do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA. A
partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB),
como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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