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A primeira missão espacial humana ao Cinturão de Asterides pode ocorrer dentro de 50 anos, dizem engenheiros de foguetes, desde que os humanos cheguem a Marte até 2038. Sua previsão é baseada em uma análise econômica da taxa na qual os orçamentos espaciais aumentam ao longo do tempo e como os humanos aumentaram sua esfera de operações desde os primórdios da era espacial.
O objetivo de Jonathan Jiang, do laboratório de propulsão a jato em Pasadena, e colegas, era elaborar um cronograma sobre o qual missões tripuladas ao Cinturão de Asteroides, Júpiter e até Saturno poderiam ocorrer.
Eles começaram estudando como o orçamento da NASA aumentou desde sua formação em 1958. Houve vários picos nessa curva, correspondendo a aumentos significativos nos gastos.
Estes correspondem a 1966, quando o programa Apollo, no qual o orçamento da NASA representava cerca de 1% do Produto Nacional Bruto dos EUA; a 1991, quando a agência decidiu fazer parceria com o setor privado para desenvolver um substituto do ônibus espacial; e para 2018, quando embarcou no programa Artemis para devolver humanos à Lua e depois enviá-los a Marte.
Progresso tecnológico
A tendência geral, no entanto, é de crescimento linear constante, dizem Jiang e companhia.
A equipe também tenta medir melhorias na tecnologia, uma vez que as missões no espaço profundo dependem do design, fabricação e operação de hardware complexo e sistemas de suporte à vida. Eles fazem isso simplesmente contando o número de artigos científicos publicados sobre a exploração do espaço profundo nos EUA por ano. “[Isso] pode ser usado como um proxy para avaliar o nível geral de tecnologia dos desenvolvimentos de ponta neste domínio complexo”, dizem os pesquisadores.
O fator final que a equipe usa é o raio efetivo da atividade humana além da Terra. Isso aumentou rapidamente no alvorecer da era espacial, da órbita baixa da Terra até o primeiro pouso bem-sucedido na Lua a uma distância de 0,0026 Unidades Astronômicas.
O projeto Artemis enviará humanos a Marte por volta de 2037, quando o raio de atividade humana aumentará para 0,3763 UA. Supondo que essa missão seja bem-sucedida, ela fornece outro ponto de dados que a equipe pode usar para projetar no futuro.
Levar em conta todas essas tendências permite que a equipe produza um modelo que prevê quando ocorrerão missões humanas em partes distantes do Sistema Solar. Este modelo marca 2073 para uma missão tripulada do Cinturão de Asteroides, 2103 para humanos visitarem Júpiter e seus satélites, bem como 2132 para uma missão a Saturno.
Visita de Saturno
“Os resultados até agora sugerem que os mundos do nosso Sistema Solar, ao longo da história humana, meros espectros de luz no céu noturno, em breve estarão ao nosso alcance”, diz a equipe.
É claro que previsões desse tipo são atormentadas pela incerteza. Alguns fatores, como mudanças climáticas repentinas, podem tornar a missão no espaço profundo mais urgente, enquanto outros, como doenças como a covid-19, podem retardar drasticamente o progresso. Em última análise, as condições econômicas e as prioridades nacionais determinarão a taxa de desenvolvimento.
Mas a mensagem principal de Jiang e companhia é que essas missões podem ocorrer em um futuro não muito distante. Eles concluem: “Nosso modelo sugere que pousos humanos em mundos além da Lua e Marte podem muito bem ser testemunhados por muitos vivos hoje”.
Ref: Impacto das Restrições Econômicas no Cronograma Projetado para Exploração do Espaço Profundo Tripulado por Humanos: arxiv.org/abs/2205.08061
https://www.discovermagazine.com/technology/first-human-landing-on-an-asteroid-by-2073-say-scientists
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Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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