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Físico mexicano, Gerardo Herrera Corral, aprofunda a discussão sobre estes objetos astrofísicos em seu livro recentemente publicado.
Físico mexicano, Gerardo Herrera Corral, aprofunda a discussão sobre estes objetos astrofísicos em seu livro recentemente publicado.
Quando se menciona o termo "gravidade", a grande maioria das pessoas pensa em Isaac Newton e na alegoria da maçã caindo da árvore, no entanto, poucos imaginam uma rede de ondas gravitacionais, que são tanto o tempo como o espaço.
A origem destas ondas se deu há mais de um bilhão de anos após a fusão resultante do choque entre dois buracos negros, perturbando o espaço-tempo com tamanha força que os humanos hoje podem estudá-las.
A descoberta registrada na madrugada de 14 de setembro de 2015, no âmbito do projeto internacional LIGO, permitiu a detecção direta de ondas gravitacionais, além da observação de buracos negros.
"Trata-se de um dos avanços mais importantes do século XXI. Tivemos a possibilidade de constatar eventos que ocorreram quando começava a vida na Terra: dois buracos negros que se chocaram no espaço quando a vida transcorria dos organismos unicelulares aos pluricelulares e que, ao se fundir no céu, produziram as ondas gravitacionais que hoje estamos vendo", destaca o físico Herrera Corral, pesquisador do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares.
Tal como a cosmologia e astronomia, o CERN busca compreender do que é feito o Universo e como ele funciona
Uma nova forma de entender o Universo
"Nosso planeta deformou o espaço e tempo com sua presença de tal forma que o converteu em um deslizador em declive para os objetos que se movem próximo a ele".
A entrada no infinito"Concentram uma enorme força gravitacional, que alcançou tal densidade que gera algo que se conhece como 'o horizonte de eventos', uma linha da qual não se pode escapar uma vez cruzada", destaca Herrera Corral ao falar do que revela a constância da existência dos buracos negros.
"Nosso planeta deformou o espaço e tempo com sua presença de tal forma que o converteu em um deslizador em declive para os objetos que se movem próximo a ele".
A entrada no infinito"Concentram uma enorme força gravitacional, que alcançou tal densidade que gera algo que se conhece como 'o horizonte de eventos', uma linha da qual não se pode escapar uma vez cruzada", destaca Herrera Corral ao falar do que revela a constância da existência dos buracos negros.
A observação não somente demonstrou a existência de ondulações do espaço e do tempo, além da existência de buracos negros, mas também "oferece uma nova feramente para explorar o cosmos, uma nova maneira e fazer Astronomia nos dará uma imagem nunca antes vista do Universo", afirma o físico ao canal de notícias RT.
Desta forma, se abriu uma porta explorada por Herrera Corral em seu livro "Buracos Negros e Ondas Gravitacionais, um olhar profundo sobre o Universo", publicado por Sexto Piso, uma editora que abre cada vez mais espaço para publicações científicas.
Em 187 páginas, o cientista descreve como esta descoberta é capaz de auxiliar a compreensão do destino a partir da ótica da Física moderna, desconstruindo a existência de uma "força invisível" que atua à distância jogando as maçãs ao chão.
Os buracos negros são os objetos astrofísicos mais fascinantes do céu por seu estreito vínculo com o conceito de infinito. A ciência hoje desconhece o que ocorre ao atravessá-los.
Nem mesmo a luz pode sair deles, o que não é somente uma curiosidade. "A região do espaço ocupada por um buraco negro se desprende do Universo, o objeto que cai ali entra em uma região completamente desconectada do nosso Universo", explica o cientista.
Imagem do buraco negro no centro da galáxia M87, captada pelo
projeto Event Horizon Telescope (Telescópio de Horizonte de Eventos)
O feito abre o infinito em uma linha definitiva: "Uma vez que se cruza não há como voltar, todas as opções para o objeto caído desaparecem; existe somente uma, que é seguir caindo no centro do buraco negro", acrescenta.
Desde o ponto de vista cientifico, conseguir a observação de um buraco negro confirma que as ondas gravitacionais são alterações dos próprios tempo e espaço.
A busca da Teoria de Tudo
"No curso de Física estudávamos coisas consideradas muito especulativas, que não poderiam ser vistas. Observar que muitas começam a aparecer, como o fato que as ondas gravitacionais existem e que acabam de ser medidas, que temos a fotografia de um buraco negro, que temos a fotografia do Universo quando tinha 300.000 anos, me desconcertaram positivamente".
"No curso de Física estudávamos coisas consideradas muito especulativas, que não poderiam ser vistas. Observar que muitas começam a aparecer, como o fato que as ondas gravitacionais existem e que acabam de ser medidas, que temos a fotografia de um buraco negro, que temos a fotografia do Universo quando tinha 300.000 anos, me desconcertaram positivamente".
Segundo Herrera Corral, a Ciência tem uma boa aproximação com os macrocosmos, com suas galáxias, estrelas, e também com os átomos e partículas elementares, que formam os microcosmos. "Pensamos que deve haver uma só teoria, não a Mecânica Quântica para descobrir o microcosmos e a Teoria Geral da Relatividade para estudar o macrocosmos [...] Falta desenvolver uma teoria com a qual possamos entender tudo, que se conhece como a Teoria de Tudo, e neste processo poderemos aprender muito sobre o Universo", aponta o cientista.
Os olhos deste homem, que trabalha no experimento que busca recriar as condições que existiam no Universo quando haviam decorrido entre 1 e 10 microssegundos após o Big Bang, observaram o impensável.
Nesta declaração, o doutor em Ciências reitera o motivo pelo qual publicou seu livro: "Com estes eventos ocorrendo, creio que é importante contar às pessoas, que se saiba o que estamos descobrindo, aprendendo sobre o Universo".
Obrigado pela sua visita e volte sempre!
HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica,
Astrobiologia e Climatologia).
Membro da Society for Science andthePublic
(SSP) e assinante de conteúdoscientíficos da NASA (NationalAeronauticsand Space
Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa do
projeto S`CoolGroundObservation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (CloudsandEarth´sRadiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The GlobeProgram / NASA
GlobeCloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela
NationalOceanicandAtmosphericAdministration (NOAA) e U.S DepartmentofState.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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