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Cientistas desenvolveram um reator híbrido que utiliza bactérias "ciborgues" incorporadas em nanofios para produzir alimentos, combustível e oxigênio para a futura colonização de Marte.
Esse sistema funciona essencialmente igual ao processo de fotossíntese, em
que as plantas utilizam a luz solar para transformar dióxido de carbono em açúcares para a alimentação.
O reator híbrido, criado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), emprega bactérias Sporomusa ovata densamente embaladas entre uma "floresta de nanofios" para converter gás carbônico em blocos de construção para compostos orgânicos.
"Estes nanofios de silício são essencialmente como uma antena […] Eles capturam o fóton solar como um painel solar. Dentro destes nanofios de silício, eles gerarão elétrons e os alimentarão com estas bactérias. Depois as bactérias absorvem CO2, fazem a química e cospem acetato", diz o líder do projeto Peidong Yang.
OTO / UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA EM BERKELEY/PEIDONG YANGMicrografia eletrônica de varredura de bactérias incorporadas em nanofios
Com essa inovação, acreditam os pesquisadores, a carga útil da nave espacial poderia ser reduzida drasticamente durante as missões de colonização e, consequentemente, os custos.
O sistema também ajudaria a resolver o problema das futuras colonizações humanas de como produzir "in situ" coisas como combustível e medicamentos e como manter uma atmosfera artificial rica em oxigênio.
As moléculas de acetato produzidas pelas bactérias "ciborgues" estão embutidas com pontos quânticos que também atuam como painéis solares, e seriam canalizadas para o ambiente de fabricação para produzir combustível, plásticos e até mesmo medicamentos, enquanto o oxigênio produzido seria usado para fornecer uma atmosfera respirável para os futuros colonos.
Reator híbrido para capturar dióxido de carbono do ar e convertê-lo em produtos orgânicos úteis
Quando a equipe inaugurou o reator há cinco anos, ele tinha uma eficiência de conversão solar de cerca de 0,4%. O protótipo atual requer um painel solar externo para um aumento de energia, mas pode atingir uma eficiência recorde de 3,6%.
Os pesquisadores estão agora fazendo experimentos com bactérias geneticamente modificadas que poderiam melhorar ainda mais o sistema e permitir que ele produza ainda mais compostos orgânicos, como açúcares e carboidratos, que poderiam um dia fornecer alimentos aos futuros colonizadores de Marte.
Fonte: Sputnik News / 06-04-2020
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HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica,
Astrobiologia e Climatologia).
Membro da Society for Science and the Public
(SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and
Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa do
projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA.A partir de 2019, tornou-se membro
da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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