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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Agora átomos podem ser vistos dentro das proteínas

 Caros Leitores;












Uma nova descoberta científica revolucionou a microscopia. Agora átomos podem ser vistos dentro das proteínas em alta resolução. Antes disso era possível ver partes menores de uma proteína com a técnica de cristalografia de raios-x. Entretanto, esta precisa de complexos procedimentos que as vezes podem ser bastante demorados. Por outro lado, com a nova técnica de de microscopia eletrônica tudo ficará mais fácil.

A microscopia

Quebrar as proteínas em partes menores para ver sua estrutura sempre foi um objetivo de cientistas. Por isso, a técnica da cristalografia de raios-x é a mais utilizada desde a década de 50. Entretanto, ela as vezes precisa de meses para ser concluída e não é possível fazer em todas as proteínas. As proteínas maiores encontram certa dificuldades para serem analisadas com essa técnica.

A técnica consiste em quebrar as proteínas em moléculas ainda menores. Portanto, estas ficam semelhantes a cristais, dando o nome do processo de cristalização. As proteínas cristalizadas são então analisadas com raios-x. Assim, é possível observar a possível composição e forma da proteína.

Átomos vistos dentro das proteínas

Uma técnica revolucionária na microscopia eletrônica oferece resultados ainda melhores. A microscopia crioeletrônica compete com a cristalografia de raios-x, pois com ela é capaz de se ver imagens de alta resolução. Segundo a IFLScience, “A microscopia eletrônica vem revolucionando rapidamente a biologia estrutural desde que três cientistas ganharam o Prêmio Nobrel de Química por desenvolvê-la em alta resolução em 2017”.

Essa técnica não necessita de processos complexos. Para realizá-la é apenas necessário congelar a proteína por volta de -200º. Posteriormente, a proteína é posta em feixes de elétrons. Então, um programa de computador compreende os dados dos elétrons e consegue mostrar na tela a proteína com muitos detalhes e nitidez.

Os cientistas da área se mostram bastante animados com a descoberta. O estudioso na área de microscopia crioeletrônica Melanie Ohi, da Universidade de Michigan, se demonstra maravilhado com a nova técnica de acordo com a Sciencemag.

Uma proteína que contém moléculas que armazenam ferro (apoferritina) foi submetida à técnica da microscopia crioeletrônica. Como resultado esta foi a primeira vez que os átomos de uma molécula foram mostrados de uma forma tão nítida em alta resolução.

Apesar da técnica ser maravilhosa ela ainda precisa ser melhorada, pois apenas funciona com proteínas que contém moléculas rígidas. Portanto, os próximos passos consistiria em conseguir fazer o mesmo procedimento obtendo os mesmos resultados em moléculas menos duras e maiores.

A descoberta é fascinante e comprometedora. Os biólogos estruturais acreditam que a técnica podem revolucionar muitos estudos. Porém, é provável que esteja chegando a um limite. “Podemos ver uma melhora limitada com as últimas descobertas” foi o que disse Holger Stark, especialista da área de microscopia do  Instituto Max Planck de Química Biofísica.


Fonte: SoCientífica / Cristina Dyna / 29-10-2020
 
https://socientifica.com.br/agora-atomos-podem-ser-vistos-dentro-das-proteinas/

   
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HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.

Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´sRadiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.


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