Caros Leitores;
Existem várias galáxias nesta Foto da Semana, mas a mais fascinante é provavelmente aquela rodeada por quatro pontos azuis claros, lembrando uma flor com pétalas azuis. Mas, esses pontos são reais? Sim e não… Obtida pelo Very Large Telescope do ESO ( VLT ), esta imagem mostra a chamada Cruz de Einstein.
As quatro “pétalas” são imagens de uma galáxia distante escondida atrás da galáxia laranja no centro. Algo muito fascinante acontece para nos permitir detectar a luz deste objeto oculto: a galáxia no centro atua como uma lente gravitacional , curvando a luz emitida pela galáxia distante ao seu redor. Como resultado, vemos diversas imagens da galáxia distante, distorcidas e ampliadas. Na configuração especial destas duas galáxias, a oculta aparece como quatro imagens em torno da galáxia central, a “lente”, formando um padrão semelhante a uma cruz (ou semelhante a uma flor) apelidado de Cruz de Einstein. As lentes gravitacionais permitem-nos assim descobrir galáxias escondidas que de outra forma seriam invisíveis para nós.
As observações deste sistema foram realizadas com o instrumento Multi Unit Spectroscopic Explorer ( MUSE ) instalado no VLT do ESO, no Chile. O MUSE divide a luz proveniente de cada ponto da área observada num arco-íris ou espectro , o que fornece aos astrónomos uma riqueza de informações sobre os objetos dentro do campo de visão. Os resultados destas observações, apresentados num novo artigo liderado por Aleksandar Cikota no Observatório Gemini no Chile, mostram que a galáxia distante está a formar estrelas a um ritmo rápido [1] . Como a luz deixou a galáxia quando o Universo tinha cerca de 20% da sua idade atual, estudá-la fornece pistas sobre como as galáxias se formaram no Universo primordial.
Observação
Link
[1] A expansão do Universo faz com que as galáxias distantes pareçam mais vermelhas do que se estivessem mais próximas de nós. Dito isto, as quatro imagens da galáxia distante aqui parecem azuis devido à presença de estrelas jovens. A galáxia lente no centro está mais próxima de nós, mas parece vermelha porque é composta em grande parte por estrelas antigas.
Crédito: TI/A. Cikota et al.
Para saber mais, acess o link>
Fonte: Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) / Publicação 11-09-2023
https://www.eso.org/public/images/potw2337a/
Web Science Academy; Hélio R.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso (EAD) de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas” e "Conhecendo a Energia produzida no Sol".
Acompanha e divulga os conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration), ESA (European Space Agency) e outras organizações científicas e tecnológicas.
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
>Autor de cinco livros, que estão sendo vendidos nas livrarias Amazon, Book Mundo e outras.
Acesse abaxo, os links das
Livrarias>
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