Quem sou eu

Minha foto
Sou economista, escritor e divulgador de conteúdos sobre economia e pesquisas científicas em geral.

Jupiter Orbit Europa, a lua de Júpiter

Projeto do Edifício de Gravidade Artificial-The Glass-Para Habitação na Lua e Marte

Botão Twitter Seguir

Translate

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Buracos negros podem ser 'janelas para o futuro', declaram físicos

Caros Leitores,

A matéria que cai no buraco negro pode não desaparecer sem vestígios dentro da singularidade, mas se transportar para o futuro distante do Universo, declaram cientistas no artigo publicado na revista Physical Review Letters.

"A maior parte dos cientistas hoje acredita que os buracos negros se tornarão ‘janelas' para o mundo da física além dos limites das teorias de Einstein. Apesar disso, ainda não sabemos o que está dentro deles e se é possível descrever isso em princípio. Por exemplo, Stephen Hawking mostrou que a singularidade deve ficar no Universo mesmo depois de o buraco negro e o próprio sistema do Universo desaparecerem", escrevem os físicos.

A teoria da relatividade prognostica que no Universo podem existir as assim chamadas singularidades — pontos que têm densidade infinitamente alta e qualquer massa. Um caso particular de singularidade são os bem conhecidos buracos negros.
Tais objetos, em conformidade com o princípio da "censura cósmica" de Penrose e Hawking, não poderão ser vistos, pois eles serão separados do resto do Universo pelo horizonte de eventos ou ponto de não-retorno. A singularidade está dentro da esfera imaginária de que nem mesmo a luz pode sair por causa da gravidade fortíssima do buraco negro.
Este princípio é muito importante na física, porque a descoberta da "singularidade nua", mesmo sob forma teórica, significaria que a ciência física de hoje está incorreta.
Há relativamente pouco tempo, os cientistas descobriram que os buracos negros devem ser obrigatoriamente uma singularidade. No ponto onde deve estar a singularidade pode haver um objeto extremamente denso, não isolado do Universo, mas invisível para nós, ou seja, um "buraco de minhoca", um túnel que junta dois espaços diferentes.
Essa ideia incita grandes disputas entre os cientistas, já que não há provas ou desmentidos da sua existência. A ausência de uma única teoria da gravidade quântica impede verificar isso.
Javier Olmedo da Universidade de Pensilvânia, EUA, e seus colegas propuseram mais uma explicação interessante do que está acontecendo dentro de um buraco negro. Eles usaram uma teoria incomum que descreve o comportamento da matéria ao nível dos quanta, a assim chamada gravidade quântica em loop (LQG).
Os cientistas tentaram avaliar a estrutura dos buracos negros e descobriram que a sua parte central estaria nem no presente nem no passado, em comparação com o resto do Universo, mas em um futuro remoto, e que por dentro ela se parece a outro objeto exótico — um "buraco branco".

Os buracos brancos são considerados objetos contrários pela sua natureza aos buracos negros clássicos. Eles não devoram a matéria, mas expelem-na. É impossível penetrar dentro deles, mesmo se movendo à velocidade da luz.
Segundo os cálculos de Olmedo e seus colegas, os buracos brancos devem representar túneis quânticos que juntam os centros dos buracos negros no passado distante do Universo com o seu futuro.
Então, a matéria que se encontra no buraco negro e atravessa o horizonte de eventos se verá no futuro quase imediatamente graças à retardação do tempo. Esse fato, segundo os cientistas, resolve o paradoxo de Hawking sobre a perda irrecuperável da informação, segundo o qual os buracos negros podem desaparecer.
Os vestígios desse processo podem ser os relâmpagos de ondas de rádio misteriosos descobertos dez anos atrás, bem como os raios cósmicos de energias extremamente altas que ainda não foram explicados, opina o cientista Carlo Rovelli.

Fonte: Sputinik.com

HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Pesquisador Independente na Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).

Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.




Nenhum comentário:

Postar um comentário