Carlos Leitores;
https://canaltech.com.br/ciencia/o-que-plantas-brilhantes-da-nasa-podem-dizer-sobre-a-vida-na-terra-137719/
A NASA está
fazendo um experimento na Estação Espacial Internacional (ISS) que é curioso
até mesmo para os padrões da agência. Um grupo de cientistas levou para órbita
uma caixa do tamanho de uma pequena geladeira responsável por analisar o brilho
das plantas da Terra. O equipamento se chama Orbiting Carbon Observatory-3
(OCO-3) e, como o nome sugere, será usado para medir a taxa de dióxido de
carbono consumido pelos vegetais. O que os cientistas querem saber é como os
níveis de CO2 se comportam no espaço e tempo.
Onde que as plantas brilhantes entram nesta equação? Para fazer
essa medição, os cientistas precisam acompanhar fluorescência hélio-induzida
(solar-induced fluorescence, na versão original, também chamada de SIF).
Trata-se de captar um tipo de luz muito específica, fora do espectro visível ao
olho humano, mas que plantas emitem quando estão usando o dióxido de carbono do
ambiente. Tal energia é o que as plantas emitem, de forma invisível para nós,
humanos, como resultado da fotossíntese.
Este efeito foi fotografado por Craig Burrows, quem é conhecido por fazer
fotos de plantas e flores aproveitando exatamente esse fenômeno. O resultado
são flores brilhantes, com vários pontos que mostram onde exatamente a
fotossíntese acontece. Para isso, ele utiliza uma luz de LED com um filtro que
permite somente a passagem de luz ultravioleta e infravermelho, ou seja, os
espectros fora da faixa visível ao olho humano.
Os cientistas devem observar da ISS o comportamento de SIF de
várias áreas do planeta. Isso porque a estação não é um objeto estacionário, ou
seja, não gira em órbita na mesma velocidade angular que a Terra. Assim, os
cientistas conseguem acompanhar várias áreas do planeta mais vezes em apenas um
dia.
O OCO-3 vai acompanhar cada região-chave do planeta, como a
Amazônia, Mata Atlântica e outras, em vários momentos do dia para entender a
variação dos níveis de carbono na Terra. Junto disso, o grupo quer criar um
mapa do carbono, mostrando as regiões em que se “produz” mais dióxido e outras
em que as plantas consomem mais dele.
Junto disso, o time também está usando dois satélites, um
chamado ECOSTRESS, que capta a temperatura das folhas (indicador de saúde
delas); bem como outro chamado GEDI, voltado para fazer um mapa 3D das
florestas da Terra.
O equipamento deve ser lançado no próximo dia 26 de abril pela SpaceX para
começar as análises em breve.
Fontes : Gizmodo / Canaltech /
23-04-2016
Obrigado pela sua visita e volte sempre!
HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Pesquisador Independente na Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).
Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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