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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Cientistas descobrem novo mineral da Lua que pode explicar o que acontece no manto da Terra

 Caros Leitores;












No ciclo das rochas terrestres, o novo mineral é um importante agente para o transporte de sedimentos da crosta continental através da zona de transição do manto terrestre.

Uma equipe de pesquisadores europeus descobriu um novo mineral de alta pressão em um meteorito lunar. Nomeado donwilhelmsite, o novo mineral vai ajudar a explicar o que acontece com os materiais submetidos às pressões extremas do manto terrestre. O achado foi descrito em um artigo publicado no domingo (1º) na revista científica American Mineralogist.

Novo mineral da Lua pode explicar o que acontece no manto da Terra​.

Donwilhelmsite é o primeiro mineral de alta pressão encontrado em meteoritos com aplicação para sedimentos terrestres arrastados para o interior do manto terrestre por placas tectônicas. Composto principalmente de átomos de cálcio, alumínio, silício e oxigênio, donwilhelmsite foi descoberto dentro do meteorito lunar Oued Awlitis 001, encontrado em 2014 no Saara Ocidental.

"Há 25 anos trabalho quase diariamente com meteoritos, mas descobrir um novo mineral e vê-lo pela primeira vez é realmente uma experiência extraordinária", afirma em comunicado Ansgar Greshake, coautor do estudo.

Transportador de sedimentos

Os compostos do meteorito lunar Oued Awlitis 001 são semelhantes às rochas que constituem os continentes da Terra. Os sedimentos erodidos desses continentes são transportados pelos ventos e rios para os oceanos e subductida no manto terrestre como parte da densa crosta oceânica.

Uma vez arrastados a profundidades de cerca de 460 quilômetros a 700 quilômetros, com altas pressões e altas temperaturas, os minerais constituintes se transformam em fases minerais mais densas, incluindo o recém-descoberto mineral donwilhelmsite.

No ciclo das rochas terrestres, donwilhelmsite é, portanto, um importante agente para o transporte de sedimentos da crosta continental através da zona de transição do manto terrestre.

"Durante o impacto, rochas como o meteorito lunar Oued Awlitis 001 passam por condições físicas extremas. Isso geralmente leva ao derretimento de áreas microscópicas que formam veias ou bolsas de derretimento dentro desses meteoritos. Essas áreas chocadas são de grande relevância, pois refletem regimes de pressão e temperatura semelhantes aos prevalecentes no manto da Terra e, portanto, são cadinhos naturais que hospedam minerais que, de outra forma, são naturalmente inacessíveis na superfície da Terra", explica em comunicado Vera Fernandes, coautora da pesquisa.

O novo mineral foi batizado em homenagem ao geólogo lunar Don E. Wilhelms, cientista norte-americano envolvido na seleção do local de pouso e na análise de dados das missões espaciais Apollo da NASA, que trouxeram as primeiras amostras de rocha da Lua.


Fonte: Sputnik News  / 04-11-2020   

https://br.sputniknews.com/ciencia_tecnologia/2020110316321053-cientistas-descobrem-novo-mineral-da-lua-que-pode-explicar-o-que-acontece-no-manto-da-terra-foto/
   
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HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).Participou do curso de Astrofísica, concluído em 2020, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.

Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´sRadiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.

 


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