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Paris, 22 Jul 2019 (AFP) - A Via Láctea engoliu uma galáxia de um quarto de sua massa 10 bilhões de anos atrás em uma "colisão violenta" que não assentou completamente por eras, disseram astrônomos em uma nova pesquisa publicada na segunda-feira.
Estudos anteriores haviam sugerido que nossa galáxia era composta de dois conjuntos separados de estrelas, mas a cronologia precisa da fusão galáctica permanecia elusiva.
Pesquisadores do Instituto de Astrofísica de Canárias (IAC) usaram o telescópio espacial Gaia para fazer medições exatas da posição, brilho e distância de cerca de um milhão de estrelas na Via Láctea a 6.500 anos-luz do Sol.
Eles identificaram dois conjuntos estelares distintos - um "mais azul" e contendo menos metal e um "mais vermelho" contendo mais.
Depois de estudar seu movimento e composição, a equipe determinou que os dois conjuntos de estrelas tinham a mesma antiguidade, mas o mais azul foi colocado em um "movimento caótico" - evidência de que a Via Láctea engoliu uma galáxia menor.
"A novidade do nosso trabalho é que conseguimos atribuir idades precisas às estrelas que pertencem às galáxias que se fundiram e, ao conhecer essas idades, quando ocorreu a fusão", disse à AFP Carme Gallart, principal autora do estudo publicado na Nature Astronomy.
Ela disse que a colisão, cerca de 10 bilhões de anos atrás, levaria milhões de anos para se desdobrar.
"É um processo muito gradual - não é algo como um acidente de carro - é algo que tem um efeito sobre a galáxia como um todo. É imenso, então acontece lentamente em termos humanos, não tão lentamente no tempo cósmico".
A equipe acredita que remanescentes da galáxia anã, conhecida como Gaia-Enceladus, eventualmente formaram o halo da atual Via Láctea.
Eles também determinaram que a colisão contribuiu para "explosões violentas" de formação estelar por cerca de mais quatro bilhões de anos. Depois desse período, o gás dessas formações se instalou no disco fino da Via Láctea que atravessa o centro da galáxia.
A Via Láctea conta com pelo menos 100 bilhões de estrelas e seu centro contém uma intensa fonte de radiação que se acredita ser o buraco negro supermaciço Sagitário A*.
Fonte: UOL / AFP
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Hélio R.M. Cabral
(Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da
Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).
Membro da Society for
Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA
(National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa
do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA.
A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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