Caros Leitores;
Para cientistas, plantar se provou a melhor solução para o aquecimento global.
Segundo novo estudo, árvores ainda podem — e devem — ser plantadas no mundo. (Johannes Plenio/Pixabay)
Foi publicado na
última edição da revista científica Science o estudo mais
abrangente até agora em relação à prática do reflorestamento. A
pesquisa, realizada por cientistas do laboratório Crowther, da Suíça, foi a
primeira a quantificar quantas árvores a Terra consegue suportar, além de
estipular onde seria melhor plantá-las e de estimar quanto dióxido de carbono
essas plantas poderiam armazenar.
De acordo com os resultados obtidos, cerca de 25%
dos níveis de carbono da atmosfera seria retirado do ar se o reflorestamento
atingisse seu ápice. A última vez em que esses níveis foram registrados no
planeta já faz quase um século — desde então, os números são crescentes.
O plantio é uma ótima forma de diminuir os níveis
de gás carbônico de um ambiente, uma vez que, durante o processo de
fotossíntese, elas “puxam” o CO2 do ar. O gás é responsável por
grande parte do aquecimento global e das demais mudanças climáticas, e sua
presença em excesso pode ser muito danosa à natureza.
Por meio da análise de quase 80 mil florestas e das
imagens disponíveis no Google Earth, os pesquisadores geraram um modelo que
prevê a potencial cobertura verde que as plantas proporcionariam ao planeta — o
chamado ápice do reflorestamento.
A conclusão foi de que a Terra conseguiria suportar
900 milhões de hectares de árvores, as quais, quando maduras, sequestrariam
cerca de dois terços de todo o carbono emitido pela atividade humana. Grande
parte da capacidade de suportar essas novas árvores está concentrada em seis
países: Rússia, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Brasil e China.
Segundo os cientistas, o estudo claramente comprova
que o reflorestamento é atualmente a melhor solução para reverter as mudanças
climáticas. No entanto, as ações devem ser urgentes. Segundo o artigo, a
extensão das áreas em que o reflorestamento é possível depende diretamente do
clima e da temperatura. Assim, se até 2050 a temperatura global subir “apenas”
1,5°C (que é o objetivo atual das grandes nações), o território disponível para
o replantio seria 20% menor do que o de hoje.
Obrigado pela sua
visita e volte sempre!
Hélio
R.M. Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de
conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).
Membro
da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos
da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space
Agency).
Participa do projeto S`Cool Ground Observation
(Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant
Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do
projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação
Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este
projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela
National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail:
heliocabral@coseno.com.br
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