Caros Leitores;
Os fenômenos espaciais teriam sido criados não por explosões estelares,
mas pelo choque de nuvens de gás
CONCEPÇÃO ARTÍSTICA DE UM BURACO NEGRO (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Durante a formação do Universo, há cerca de 13 bilhões de
anos, foram criados diversos buracos
negros supermassivos. Suas marcas ainda podem ser vistas por
astrônomos por meio dos quasares, objetos imensos e brilhantes que,
acredita-se, tiram sua energia de antigos buracos
negros com massa bilhões de vezes maior que o nosso Sol.
+ Temperatura de buraco negro "sônico" confirma teoria de Hawking
+ Astrônomos teriam detectado um buraco negro sugando estrela de nêutrons
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Mas a existência desses objetos
levanta uma questão: alguns quasares parecem ter se originado nos primeiros 800
milhões de anos do Universo, muito antes que alguma estrela pudesse crescer o
suficiente para se chocar com outra, explodir (no que viria a ser a supernova,
fim da vida de algumas estrelas) e formar um buraco negro.
Na tentativa de explicar de onde
viriam essas formações, uma hipótese aponta para outro caminho: os gases. E um
estudo publicado recentemente no Astrophysical
Journal Letters conseguiu provar teoricamente esse
conceito. Com o auxílio de modelos virtuais, pesquisadores mostraram que alguns
buracos negros de grande massa dos primórdios do Universo podem ter sido
criados a partir de volumes de gases que formavam uma grande nuvem com um campo
gravitacional próprio. Essas nuvens conseguiriam, num curto espaço de tempo, se
chocar dentro de sua própria massa e formar um buraco negro.
Leia também:
Esses seriam os chamados buracos
negros de colisão direta, que não dependem da formação de uma supernova.
Segundo o astrofísico Shantanu Basu, coordenador do estudo, eles devem ter se
formado em pouco tempo lá nos primórdios do Universo. “Os buracos negros se
formaram durante um período de apenas 150 milhões de anos e cresceram muito
rapidamente nesse tempo”, disse o pesquisador ao
site Live Science. “Aqueles que se formaram bem no início
conseguiramaumentar sua massa em até 10 mil vezes.”
Mas, para essas nuvens de gases
virarem buracos negros, foi preciso uma geografia muito específica do Cosmo. Na
realidade, seriam necessárias duas galáxias com "personalidades"
bastante distintas, uma com muita atividade, na qual várias estrelas estariam nascendo,
e outra em que nada muito além de gases existisse. A radiação constante vinda
da primeira acabaria estimulando os gases da segunda, que se chocariam com sua
própria massa.
Segundo Basu, essa configuração
do cosmos provavelmente só pôde acontecer por um período curto, nos primeiros
800 milhões de vida do Universo, quando ele ainda não estava cheio de outros
corpos celestes.
“Acreditamos que nenhuma produção
de novos buracos negros supermassivos aconteceu depois desse período de 150
milhões de anos da criação do Universo”, disse Basu. “Isso explica por que há
uma grande queda no número de buracos negros de grande massa e luminosidade.”
Fonte: Revista Galileu
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visita e volte sempre!
Hélio R.M. Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica,
Astrobiologia e Climatologia).
Membro da Society for Science and the Public (SSP) e
assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space
Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa do projeto S`Cool Ground
Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and
Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa
também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência
e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a
Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF),
e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S
Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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