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Lago Ilopango, formado após a erupção do vulcão no século VI / NASA
Eles descobriram a existência de um canteiro a 16 quilômetros de Ilopango. Trabalhadores que escavavam lá disseram que tinham encontrado árvores na formação rochosa que provocou a erupção cuja cinza cobriu as árvores.
Devido ao fato que as árvores estavam tão bem conservadas, os cientistas conseguiram ficar a saber quantos anos elas tinham quando foram mortas pela erupção de Ilopango. Os dados mostram que as árvores morreram provavelmente entre os anos de 530 e 540 d.C.
Entretanto, só uma erupção nos dados obtidos das análises do gelo da Groenlândia e Antártida coincide com este momento, com a dimensão e efeito no clima mundial, quer dizer, aquela que ocorreu em 539 ou 540 – a erupção de Ilopango.
'Erupção de pesadelo'
Além das consequências climáticas, a erupção de Ilopango foi considerada pelas pessoas da época como um evento apocalíptico. Pesquisadores estimam que entre 40.000 e 80.000 pessoas morreram da própria erupção, sufocadas por gás e pelas pedras que o Ilopango cuspiu.
Para as populações da periferia, a erupção do Ilopango também deve ter sido um pesadelo. As cinzas provavelmente apagaram o Sol do céu e transformaram o dia em noite. As casas provavelmente foram destruídas, as pessoas sofreram escassez de comida e água, com campos cobertos de cinzas. Segundo estimativas, entre 100.000 e 400.000 pessoas foram afetadas. Aqueles que não morreram de fome ou doenças foram obrigados a fugir para os lugares menos afetados, para o norte da atual Guatemala.
"Trata-se de uma erupção de pesadelo", diz Janine Krippner, vulcanologista citada por National Geographic, que não participou do estudo.
"Mesmo com a ciência e o conhecimento que temos hoje, isso seria um evento realmente assustador. Posso imaginar o que as pessoas daquele tempo pensavam que estava acontecendo."
Fonte: Sputnik News / 25-08-2019
https://br.sputniknews.com/ciencia_tecnologia/2019082514432154-cientistas-descobrem-vulcao-que-mudou-a-historia-da-america-latina/
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Hélio R.M. Cabral
(Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da
Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).
Membro da Society for
Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA
(National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa
do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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