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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Estrelas mais estranhas já vistas deixam astrônomos confusos

Caros Leitores;








Algo muito estranho está acontecendo neste sistema estelar - ninguém conseguiu ainda imaginar uma explicação razoável.
[Imagem: JPL-Caltech/NASA]


Trânsitos aleatórios

Estas podem ser as estrelas mais estranhas já observadas. Um par de estrelas, localizadas a cerca de 360 anos-luz de distância, apresentou 28 diminuições na intensidade de sua luz ao longo de 87 dias.
Medições desse tipo normalmente indicariam um sistema orbital de planetas - exceto que os tempos das quedas no brilho parecem totalmente aleatórias.
As estrelas, coletivamente chamadas de HD 139139, foram vistas se comportando de forma estranha pelo telescópio espacial Kepler, antes que ele ficasse sem combustível e interrompesse as observações. O telescópio caçava exoplanetas observando diminuições regulares na luz das estrelas causadas por um planeta passando entre a estrela e o telescópio - essas passagens são chamados de trânsitos.
As quedas na luz da HD 139139 parecem com trânsitos, todas semelhantes em tamanho e forma. Mas quando Saul Rappaport e Andrew Vanderburg, da Universidade do Texas em Austin, analisaram mais de perto os dados, descobriram que os trânsitos pareciam totalmente aleatórios - não mais do que quatro deles poderiam ser causados pelo mesmo corpo celeste em órbita.
Se os trânsitos são causados por planetas, os pesquisadores calcularam que teria de haver muitos deles, muito mais do que qualquer outro sistema planetário já descoberto. "Eu poderia construir para você um sistema de planetas que explicaria essas quedas [no brilho], mas seria realmente imaginário," disse Vanderburg.
Natural ou feito por alienígenas?

Algo estranho está acontecendo no sistema, por isso os pesquisadores tentaram encontrar, dentre todas as explicações possíveis, uma que pudesse se encaixar.
Uma explicação potencial seria um planeta em desintegração ou um disco de asteroides espalhando poeira à medida que passa na frente das estrelas, o que bloquearia alguma luz e depois se dissiparia. Mas um planeta em desintegração ainda produziria padrões nos tempos de trânsito, e os asteroides teriam que estar todos emitindo nuvens de poeira do mesmo tamanho e da mesma densidade, o que é improvável.
Manchas solares e variações internas na luz das estrelas também não se encaixam porque elas teriam que aparecer e desaparecer em questão de horas. As manchas escuras que vemos em nosso próprio sol duram de dias a meses, então isso exigiria um novo tipo de mancha solar nunca visto.
Com todas as explicações simples descartadas, é tentador considerar que as variações na luz podem ser causadas por uma enorme estrutura alienígena construída em torno das estrelas para coletar sua energia, conhecida como esfera de Dyson. Isso não pode ser descartado definitivamente, mas os astrônomos também consideram essa explicação altamente improvável.
"Em astronomia, temos uma longa história de não entender alguma coisa, pensar que é alienígena e, mais tarde, descobrir que é outra coisa", disse Vanderburg. "As chances são muito boas de que esse será outro desses casos."







Uma esfera de Dyson, proposta por Freeman Dyson, seria uma "capa" em volta de uma estrela para capturar toda a sua energia.
[Imagem: Wikipedia]



Bibliografia:
Artigo: The Random Transiter - EPIC 249706694/HD 139139Autores: Saul Rappaport, Andrew Vanderburg, M. H. Kristiansen, M. R. Omohundro, H. M. Schwengeler, I. A. Terentev, F. Dai, K. Masuda, T. L. Jacobs, D. LaCourse, D. W. Latham, A. Bieryla, C. L. Hedges, J. Dittmann, G. Barentsen, W. Cochran, M. Endl, J. M. Jenkins, A. Mann
Revista: arXiv
Link: https://arxiv.org/abs/1906.11268


Fonte:  Inovação Tecnológica / 07-08-2019
Obrigado pela sua visita e volte sempre!
                      
Hélio R.M. Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).

Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.


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