Caros Leitores;
As galáxias podem estar separadas pela distância de milhões de anos luz. Essa imensidão, talvez, pareça vazia, mas na realidade contém mais matéria do que as próprias galáxias.
“Se você pegasse um metro cúbico, poderia ter menos do que um átomo,” falou o astrônomo da Universidade do Colorado Boulder, Michael Shull, à Live Science. “Mas quando você soma tudo, está entre 50 e 80% de toda a matéria comum lá fora”.
De onde veio a matéria entre as galáxias
Também chamada de meio intergaláctico, a matéria entre as galáxias é composta principalmente por hidrogênio quente e ionizado, com um pouco de elementos mais pesados como carbono, oxigênio e silício. Uma vez que esses elementos não são brilhantes o suficientes para serem vistos diretamente, os cientistas identificaram sua presença devido à assinatura que deixam na luz que passa por perto.
Nos anos 1960 os astrônomos descobriram objetos extragalácticos extremamente brilhantes, os quasares. Pouco tempo depois perceberam que faltava parte da luz proveniente deles, porque havia sido absorvida por algo entre o quasar e o telescópio. Nas décadas seguintes os astrônomos descobriram vastas teias e filamentos de gás e elementos pesados, que juntos contém mais matéria do que a soma de todas as galáxias. Um pouco desse gás, provavelmente, é resíduo do Big Bang, mas os elementos mais pesados indicam que parte dessa matéria é proveniente de poeira estelar antiga, expelida por galáxias.
Interação da matéria com as galáxias
Se, por um lado, regiões do meio intergaláctico permanecem isoladas das galáxias mais próximas, há aquelas regiões que ficam sob a influência gravitacional de uma galáxia. Eles são puxados lentamente e se acumulam na galáxia a uma taxa de aproximadamente uma massa solar, igual à massa do Sol, por ano. O que representa a taxa aproximada da formação de estrelas no disco da Via Láctea.
Somado à análise da luz dos quasares, os astrônomos também observam rápidas explosões de rádio originárias de galáxias distantes. Com essa combinação de técnicas os cientistas continuam estudando as características do meio intergaláctico para determinar as variações de temperatura e densidade. “Ao medir a temperatura do gás, você pode ter uma pista sobre suas origens”, de acordo com Shull, “isso nos permite saber como foi aquecido e como chegou lá”.
Além do gás, entre as galáxias há também estrelas. Acredita-se que elas tenham sido lançadas de suas galáxias de origem por buracos negros ou colisões com outras galáxias.
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Hélio R.M. Cabral
(Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da
Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).
Membro da Society for
Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA
(National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa
do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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