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sexta-feira, 22 de maio de 2020

Ilustração artística de galáxiaComo galáxias e buracos negros crescem juntos?

Caros Leitores;











Nas últimas décadas, astrônomos concluíram que a maioria, se não todas, as galáxias hospedam enormes buracos negros em seus centros. Mas como estarão o buraco negro e a galáxia hospedeira conectados?
Estudo divulgado pelo portal científico Phys.org pode ter revelado a resposta à questão de como estão correlacionadas as massas de um buraco negro e de sua galáxia hospedeira.
Explorando centenas de galáxias
"O crescimento da galáxia pode ser moldado por interações com outras galáxias, o que contribui para os buracos negros supermassivos (SMBH, na sigla em inglês) que crescem dentro do centro da galáxia", explicou Rebecca Minsley, participante do estudo.
"Quando as galáxias se aproximam o suficiente, elas passam por uma espécie de dança galáctica, até que mais tarde se fundem em uma entidade singular. Essas interações têm assinaturas bem documentadas que permitiram categorizar nosso conjunto de galáxias", prosseguiu Minsley.
A descoberta
"No Universo mais próximo descobrimos que o ISM quente das galáxias que abrigam buracos negros supermassivos crescentes em seus centros difere das que não os têm", explica por sua vez Andreea Petric, líder da pesquisa.
Pesquisadora da Universidade do Havaí (EUA) explorou meticulosamente centenas de imagens de galáxias, o que possibilitou uma imagem mais clara da evolução das galáxias.
Gás e poeira entre as estrelas, chamados de meio interestelar (ISM, na sigla em inglês), são o combustível tanto para o crescimento dos SMBH quanto para a formação de novas estrelas.
Mas trabalhos recentes mostram que o ISM pode ter propriedades diferentes – especialmente ser mais quente – em galáxias que abriguem buracos negros supermassivos crescentes em seus núcleos, em comparação com aquelas galáxias que não os têm.
Gás mais quente tem menos probabilidade de colapsar formando novas estrelas, então esta descoberta pode sugerir que um SMBH central em crescimento diminui a capacidade de uma galáxia fazer novas estrelas.
O que pode ser responsável pelo aquecimento do ISM? A luz estelar, especialmente de estrelas quentes, pode fazer isso. Mas interações entre galáxias – quando elas colidem ou simplesmente passam perto umas das outras – podem produzir ondas de choque em larga escala que comprimem o gás menos denso, tornando-o mais propenso a formar estrelas.
Minsley estudou as formas de 630 galáxias usando imagens da pesquisa Pan-STARRS. Ela classificou as galáxias em fusões, fusões precoces e não-fusões. Depois comparou as formas com a emissão de luz das mesmas galáxias em comprimentos de onda médios infravermelhos mais longos para poder estudar as propriedades do ISM.
Minsley, que qualificou a pesquisa de fascinante, não tem dúvidas que ela proporcionou "uma maior apreciação da complexidade e emaranhamento de todos os processos que ocorrem dentro das galáxias".
Minsley e colaboradores descobriram que dentro das galáxias com buracos negros ativos o ISM é mais quente, as proporções de gás molecular quente em relação a outros refrigeradores são maiores e outras características das partículas de poeira têm uma gama maior de valores do que nas galáxias onde os buracos negros estão inativos.
Fonte: Sputnik News / 22-05-2020        

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HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).

Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.

Membro da Society for Science andthePublic (SSP) e assinante de conteúdoscientíficos da NASA (NationalAeronauticsand Space Administration) e ESA (European Space Agency).

Participa do projeto S`CoolGroundObservation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (CloudsandEarth´sRadiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The GlobeProgram / NASA GlobeCloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela NationalOceanicandAtmosphericAdministration (NOAA) e U.S DepartmentofState.


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