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sábado, 2 de maio de 2020

Pela 1ª vez, pulso de rádio originado na Via Láctea teria sido detectado

Caros Leitores;









Rajadas rápidas de rádio (FRBs, na sigla em inglês) são ondas de rádio extremamente energéticas e curtas emitidas do espaço profundo, sendo sua origem e modo formação um quebra-cabeça para astrofísicos.
No entanto, até agora todas as pistas apontavam para uma origem extragaláctica. Contudo, recentemente radiotelescópios em todo o mundo, assim como telescópios de raios X, detectaram uma FRB cuja origem pode ser um magnetar localizado na Via Láctea, relatou o portal Trust My Science em 1º de maio.
Esta seria a primeira observação de uma FRB originada em nossa galáxia. Magnetar é uma estrela de nêutrons com alto valor de campo magnético.
A rajada rápida foi detectada em 28 de abril como tendo origem no magnetar SGR 1935+2154, localizado a apenas 30.000 anos-luz de distância, e consistiu em uma explosão de ondas de rádio com duração de um milissegundo (milésimo de segundo).
O fenômeno foi detectado por vários radiotelescópios e por observatórios de raios X terrestres e espaciais.
Magnetares são possível fonte de FRBs
Embora os dados coletados ainda estejam em fase de estudo e análise, os astrofísicos acreditam que podem ter finalmente identificado a fonte das explosões radioelétricas (FRBs) observadas ao longo dos últimos anos, refere o portal.
FRBs são explosões de ondas de rádio extremamente energéticas, algumas emitindo mais energia que 500 milhões de sóis. No entanto, são muito breves, alguns milissegundos, e não se repetem, por isso são muito difíceis de observar e rastrear.
Observatório de los Muchachos, na ilha de La Palma, nas Canárias, na Espanha (foto de arquivo)
© AP PHOTO / ANTONI CLADERA
Observatório de los Muchachos, na ilha de La Palma, nas Canárias, na Espanha (foto de arquivo)
Até aqui, pensava-se que as FRBs provinham de supernovas particularmente caóticas. Recentemente, uma nova hipótese surgiu envolvendo magnetares, tipo especial de estrela de nêutrons com um campo magnético extremamente forte: cerca de 1.000 vezes mais forte que uma estrela de nêutrons convencional.
Contudo, ainda se desconhece como se formam os magnetares. O campo magnético é tão forte que distorce a forma da estrela, opondo-se efetivamente à força da gravidade. Isto produz uma tensão entre as duas forças que causa terremotos estelares gigantescos e erupções magnéticas.
FRB galáctica
No entanto, em 28 de abril, o Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment, um telescópio projetado para escanear o céu em busca de eventos transitórios, fez uma detecção surpreendente, um sinal tão poderoso que o sistema não foi capaz de quantificá-lo.
Raios X também detectaram
"Este é um resultado muito intrigante que apoia a relação entre FRBs e magnetars. As FRBs identificadas até o momento eram extragalácticas e nunca tinham sido observadas em raios X/gama. Uma explosão de raios X com tamanha luminosidade como a ocorrida no SGR1935+2154 seria indetectável se fosse de uma fonte extragaláctica", concluiu.
Em 27 de abril de 2020, o magnetar SGR 1935+2154 foi detectado e observado por diversos instrumentos, incluindo o telescópio Swift Burst Alert Telescope, o satélite AGILE e o ISS Neutron Star Interior Composition Explorer – o telescópio da NASA na Estação Espacial Internacional. Tudo parecia normal, consistente com o comportamento observado em outros magnetares.
Valeu aos cientistas a missão STARE2, projetada exatamente para a detecção de FRBs e consistindo em três antenas de rádio dipolo, localizadas a centenas de quilômetros de distância, que podem primeiro excluir sinais locais produzidos por atividades humanas e também permitir a triangulação de sinais.
A STARE2 detectou o sinal de forma clara, com uma fluência de mais de um milhão de milissegundos jansky. Jansky é uma unidade usada em astronomia para medir densidade de fluxo.
"Algo assim nunca tinha sido visto antes", garantiu ao portal Shrinivas Kulkarni, astrofísico e membro da missão STARE2.
No entanto, os pesquisadores também detectaram um fenômeno nunca antes observado em uma FRB extragaláctica: um sinal correspondente, mas em raios X. A emissão de raios X e raios gama é tão frequente em magnetares quanto as ondas de rádio.
Os sinais homólogos em raios X da FRB ocorrida no magnetar SGR1935+2154 não eram particularmente fortes nem fora do comum, na opinião do astrofísico Sandro Mereghetti, do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália, citado pelo portal.
Os astrofísicos estão atualmente analisando os dados com mais detalhes, com o objetivo de comparar as assinaturas espectrais de FRBs extragalácticas com a FRB detectada no magnetar da Via Láctea.
Contudo, mesmo se confirmando a origem da FRB no SGR1935+2154, tal não implica que todas as rajadas rápidas de rádio tenham origem em magnetares.
De qualquer jeito, esperam-se para os próximos meses notícias empolgantes, prevê o portal Trust My Science.
Fonte: Sputnik News / 02-05-2020      
Obrigado pela sua visita e volte sempre!
                      
HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).

Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.

Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.


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