A Internet quântica é um sistema teórico de computadores que utiliza sinais quânticos para partilhar informações, e nela os drones podem ter papel importante, segundo pesquisadores.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Nanjing, China, fez um avanço na Internet quântica ao enviar com sucesso fótons (partículas de luz) entrelaçados entre um par de drones pairando a um quilômetro um do outro, escreve a revista New Scientist.
Como a mídia aponta, embora experimentos anteriores já tenham confirmado que fótons entrelaçados podem ser transportados "mais de 1.000 quilômetros entre um satélite e estações terrestres", o feito agora alcançado pela equipe liderada por Zhenda Xie mostra que tais ligações também podem ser criadas "em distâncias mais curtas com hardware relativamente barato".
Durante o experimento, cujos resultados foram publicados na revista Physical Review Letters, um par de fótons entrelaçados foi produzido "dividindo um único fóton com um cristal" através de um laser instalado em um dos drones.
Enquanto um dos fótons foi enviado para uma estação terrestre, o outro foi retransmitido para o segundo drone, "com as partículas sendo focalizadas e conduzidas através do drone retransmitido por um curto pedaço de cabo de fibra ótica". O estado de ambos os fótons era monitorado pela estação terrestre, assegurando que ambas as partículas permanecessem entrelaçadas.
Siddarth Joshi da Universidade de Bristol, Reino Unido, que não participou do estudo, observou que este poderia ser um passo importante para a criação da Internet quântica, e que os drones poderiam desempenhar um papel proeminente em sua realização.
"Você está dirigindo seu carro e quer manter comunicações quânticas seguras, por isso você tem esses drones voando por trás de você", disse ele.
Enquanto isso, Xie espera que "conexões de mais de 300 quilômetros possam ser alcançadas por drones mais avançados em alta altitude", onde não serão afetados pelo tempo e pela poluição, e que "drones menores e mais econômicos poderiam ser produzidos para conexões locais", acrescenta a New Scientist.
Ao passo que o Google constrói circuitos quânticos usando metal supercondutor e superfrio, a China usa partículas de luz. Dois fótons podem estar entrelaçados de tal modo que o que acontece com um acontece com o outro instantaneamente, ainda que estejam separados por milhões de quilômetros.
Se alguém tentar inteceptar essas partículas durante sua transmissão, seu estado muda e o entrelaçamento desaparece. Essa propriedade permite criar um sistema de comunicação impossível de ser hackeado porque a simples observação destrói a mensagem.
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