Caros Leitores;
Complexidades terrestres.
O campo magnético terrestre consiste em uma espécie de escudo que protege o nosso mundo da ação dos ventos solares e de partículas cósmicas; sendo assim, representa uma estrutura que impede que a perigosa radiação vinda do espaço chegue até nós. Os cientistas sabem que essa barreira (sem a qual a vida como conhecemos provavelmente não existiria na Terra) é produzida pelo movimento do ferro fluído presente no núcleo do planeta, mas nem todos os mecanismos que geram esse vital fenômeno são conhecidos.
Entranhas do Mundo
De acordo com pesquisadores da Carnegie Science, o tal movimento por trás da geração do campo magnético terrestre é conhecido como geodínamo. Na tentativa de compreender melhor a sua dinâmica e origem, uma equipe internacional de cientistas criou modelos que replicam as condições do centro da Terra e simulações. Os pesquisadores focaram a atenção na presença de elementos mais leves no núcleo de ferro para determinar se eles teriam alguma influência na formação do campo e descobriram que sim.
Conforme explicaram os cientistas, o nosso planeta se formou a partir do material presente no disco protoplanetário, composto por gás e poeira cósmica, que envolvia o Sol nos primórdios do Sistema Solar. Esses componentes foram colidindo e se agregando até, eventualmente, darem origem à Terra. Além disso, os materiais mais densos se concentraram no núcleo, enquanto os demais formaram as camadas, segundo sua densidade, que hoje compõem o manto e a crosta terrestres.
Levantamentos sísmicos apontam que, embora o centro da Terra seja constituído principalmente por ferro fluído, existem outros elementos "misturados" em menores quantidades, como enxofre, oxigênio, hidrogênio, carbono e silício — e este último parece ter um papel importante no efeito de geodínamo.
Simulações
Uma questão que os cientistas tentaram responder foi se apenas o calor emitido pelo núcleo da Terra e que flui pelo manto seria suficiente para produzir o efeito. Os pesquisadores, sabendo que os silicatos são muito abundantes no manto e que o silício é o terceiro elemento mais comum no interior do planeta, vindo apenas depois do ferro e do oxigênio, resolveram apostar nele em suas simulações.
Processo dinâmico e constante.
As modelagens apontaram que quanto menor fosse a propriedade de condução térmica de um elemento, mais baixo seria o limiar necessário para produzir o geodínamo, e que, se o limiar fosse baixo o suficiente, apenas a convecção térmica poderia impulsionar o calor fluindo a partir do núcleo terrestre e gerar o efeito.
Ademais, conforme revelaram as simulações, bastaria uma concentração de mais ou menos 8% de silício no núcleo do planeta para manter a transmissão de calor necessária para sustentar a atividade do geodínamo sempre em funcionamento. E que papel teriam os demais elementos presentes no interior da Terra? Os pesquisadores pretendem ampliar os experimentos para incluir carbono, oxigênio e enxofre e descobrir.
Fonte: Mega Curioso / 12-07-2020
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HélioR.M.Cabral (Economista,
Escritor e Divulgador de conteúdos da
Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Membro da Society for
Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA
(National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa
do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA. A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação World wide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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