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Um misterioso pico de radiação foi detectado na Europa, mais especificamente na região norte do continente. Conforme a análise feita por uma agência de saúde holandesa, isso pode indicar danos causados por uma usina nuclear no oeste da Rússia. Além disso, possivelmente trata-se de combustível nuclear.
Contudo, a operadora de energia nuclear russa, Rosenergoatom, negou essa possibilidade, pelo menos nas usinas de Kola e Leningrado. A Suécia foi um dos países que detectou a presença de fissão nuclear mais elevada do que o normal, mas ainda assim sem trazer problemas para a saúde das pessoas.
“Ambas as estações estão trabalhando em regime normal. Não houve queixas sobre o trabalho do equipamento”, afirmou agência russa de notícias Tass. “Não foram relatados incidentes relacionados à liberação de radionuclídeos fora das estruturas de contenção”.
O porta-voz Dmitry Peskov, também negou a ocorrência de qualquer incidente. “Temos um sistema excepcional e moderno de monitorização da segurança nuclear e, como se pode ver, não há qualquer alarme relacionado com situações de emergência”, disse.
Misterioso pico de radiação conta com césio-137
A Rússia sempre é apontada como possível responsável
A Rússia sempre é apontada como possível responsável
O misterioso pico de radiação foi identificado por diferentes agências de vigilância na Escandinávia. Assim, perceberam a presença de radionuclídeos, que são isótopos radioativos. Aliás, eles são átomos com núcleos instáveis, com excesso de energia que pode ser liberada após o decaimento radioativo.
De acordo com a secretária executiva da Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, Lassina Zerbo, em publicação no Twitter, realmente são produtos de fissão nuclear. Assim, césio-134, césio-137 e rutênio-103 foram localizados em altas concentrações na Finlândia e no Ártico.
Os dados foram analisados no dia 26 de junho, pelo Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente da Holanda. “Os radionuclídeos são artificiais, ou seja, fabricados pelo homem. A composição dos nuclídeos pode indicar danos a um elemento combustível de uma usina nuclear”, diz a entidade.
Entretanto, não foram tomadas muitas medidas para identificar a origem das propriedades radioativas. Voltando no tempo, poucos dias após o desastre de Chernobyl, em 1986, uma usina nuclear sueca percebeu níveis elevados de radioatividade, conforme um relato do parlamento europeu.
Alguns anos atrás, mais uma misteriosa nuvem rodeou a Europa, essa ligada à Rússia. Em 2017, encontraram evidências de materiais com 1.000 vezes mais do que os níveis normais de reutênio-106, na ocasião a Rússia negou qualquer envolvimento.
Ainda assim, uma planta de reprocessamento nuclear do país é um dos principais suspeitos, segundo indicou um estudo feito em 2019.
Embora a energia nuclear seja mais cara do que as outras formas e ofereça riscos de graves acidentes, muitos países ainda apostam nela. Além disso, pode gerar aquecimento de ecossistemas aquáticos devido a água utilizada para o resfriamento de reatores.
Com informações de Live Science.
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HélioR.M.Cabral (Economista,
Escritor e Divulgador de conteúdos da
Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).
Autor do livro: “Conhecendo o Sol e outras Estrelas”.
Membro da Society for
Science andthePublic (SSP) e assinante de conteúdoscientíficos da NASA
(NationalAeronauticsand Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa
do projeto S`CoolGroundObservation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (CloudsandEarth´sRadiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica
Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The GlobeProgram / NASA
GlobeCloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela
NationalOceanicandAtmosphericAdministration (NOAA) e U.S DepartmentofState.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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