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Um novo instrumento da NASA e da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos começou uma busca por exoplanetas em janeiro deste ano.
Uma nova ferramenta da NASA e da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos começou a buscar exoplanetas em janeiro. Trata-se do espectrógrafo NEID, instalado no deserto de Sonora no estado norte-americano do Arizona, nas terras da etnia indígena Tohono O'Odham.
Sua missão é precisamente seguir os astros nas imediações do nosso Sistema Solar e encontrar em suas órbitas corpos com massas semelhantes à da Terra. Com este fim processará os dados recolhidos pelo telescópio WIYN de 3,5 metros, instalado também no Arizona, no Observatório Nacional de Kitt Peak.
NEID detecta os exoplanetas ao medir o ligeiro efeito que estes têm na estrela que orbitam. Os planetas "se jogam" gravitacionalmente da estrela que orbitam, causando um pequeno "tremor" (uma mudança periódica na velocidade da estrela).
A magnitude do "tremor" é proporcional à massa do planeta em órbita, o que significa que as medições deste espectrógrafo poderiam ser utilizadas para determinar as massas dos exoplanetas. A tecnologia atual permite medir velocidades tão baixadas como 3,5 quilômetros por horas, no entanto NEID foi desenhado para detectar velocidades ainda mais baixas.
© FOTO / NASA/JPL/SISTEMAS DE CIÊNCIA ESPACIAL MALINL 98-59b, o menor exoplaneta já descoberto pelo satélite TESS da NASA
Em somente uma noite, a nova ferramenta pode observar entre 50 e 100 estrelas. Mediante um procedimento ótico complicado, a luz proveniente de cada estrela é registrada e se divide em uma variedade de longitudes de onda, algo que permite aos astrônomos tirar conclusões sobre o espectro "individual". Trata-se, segundo cientistas, de uma "assinatura" da composição química da luz estelar, sendo única em cada estrela.
Se um astro tem planetas orbitando-o, percebesse uma pequena mudança no espectro devido ao movimento em relação à Terra, de onde o observamos. Cada vez que se distancia ou se dirige em direção à Terra, as mudanças espectrais são proporcionais à velocidade desse movimento e registrá-los com precisão é fundamental para o funcionamento do NEID.
Fonte: Sputinik News / 24-01-2020
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HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica,
Astrobiologia e Climatologia).
Membro da Society for Science and the Public
(SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and
Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa do
projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA.A partir de 2019, tornou-se membro
da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
Administration (NOAA) e U.S Department of State.
e-mail: heliocabral@coseno.com.br
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