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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

ORIGEM E PROPRIEDADES DO SISTEMA SOLAR

Caros Leitores;

1 INTRODUÇÃO O sistema solar é o conjunto de corpos celestes ligados gravitacionalmente ao Sol. Ele é constituído pelo próprio Sol e por uma gama de objetos que orbitam em seu entorno: grandes corpos celestes chamados planetas, corpos celestes de tamanho intermediário chamados planetas anões, uma grande quantidade de corpos rochosos de menor tamanho chamados asteroides, corpos de gelo e rochas chamados cometas. Os planetas, por sua vez, apresentam, em geral, corpos rochosos de massas diversas que orbitam em seu entorno, chamados satélites. As órbitas de todos esses corpos possuem excentricidades diversas. Permeando o espaço entre esses corpos no sistema solar, há uma espécie de poeira dispersa, chamada poeira zodiacal. As características de cada um desses tipos de corpos, a frequência com que ocorrem e os movimentos que produzem, contam a história da formação do sistema solar e nos ajudam a entender o processo de formação e de morte das estrelas, e da formação de elementos pesados na natureza. Esta aula aborda as características gerais do sistema solar, como constituição, estrutura e composição química.

 2 ESTRUTURA FUNDAMENTAL DO SISTEMA SOLAR O sistema solar tem uma massa total de aproximadamente 2 × 10 kg. De toda essa massa, cerca de 99,8% encontra-se concentrada em um único corpo celeste: o Sol. Quase toda a massa do Sol, por sua vez, se encontra na forma de hidrogênio e hélio. O restante da massa do sistema solar está distribuída, de forma bastante irregular, entre os demais corpos. Da massa restante do sistema solar, cerca de 0,13% está na forma de planetas, que se encontram a diferentes distâncias do Sol, em órbitas aproximadamente circulares (elipses cujos focos estão próximos do seu centro). Podemos dividir os planetas em duas grandes famílias: os planetas terrestres, cuja constituição é semelhante à da Terra, rochas e metais; e os planetas gasosos, enormes esferas compostas por gases e gelo. O planeta Netuno, cuja órbita tem o maior diâmetro entre todos os demais, está a uma distância média de 30 unidades astronômicas do Sol. A partir dessa distância não existem mais planetas ligados ao Sol, mas isso não significa que essa distância corresponda ao limite do sistema solar. De fato, ele se estende bastante além disso. Espalhados pelo interior do sistema solar, estão objetos de massa inferior à dos planetas. Embora possamos encontrá-los em qualquer ponto, existem duas regiões no qual a densidade desses objetos aumenta consideravelmente: o cinturão de asteróides, localizado na interface entre os planetas terrestres e gasosos, e o cinturão de Kuiper, localizado além da órbita de Netuno e estendendo-se até 50 unidades astronômicas de distância do Sol. Essas duas regiões são populadas por asteroides e por planetas anões. A diferença entre essas duas classes de objetos de baixa massa é que os asteroides são tão leves que sua gravidade não é suficiente para lhes dar a forma esférica característica dos planetas, enquanto os planetas anões são esféricos, mas não têm massa suficiente para serem chamados planetas propriamente ditos. Ainda no cinturão de Kuiper, e em uma segunda região chamada nuvem de Oort, está localizada a vasta maioria dos cometas. A nuvem de Oort se estende desde a periferia do cinturão de Kuiper até cerca de 50 mil unidades astronômicas, aproximadamente um ano-luz de distância do Sol, e marca os limites do sistema solar. Os planetas giram em torno do Sol em órbitas cujos planos são relativamente semelhantes. Assim, quando vistos da Terra, os planetas descrevem movimentos na esfera celeste semelhantes ao do Sol, o que significa que, quase sempre, encontraremos planetas próximo da eclíptica. O mesmo vale, com menos precisão, para planetas anões e asteroides. Já os cometas apresentam órbitas muito mais diversificadas. Entre os corpos que formam o sistema solar, existe uma poeira dispersa, remanescente da época em que o sistema solar se formou. Essa poeira está distribuída na forma de um disco espesso orientado de forma semelhante às órbitas dos planetas. Devido à reflexão da luz solar, esse disco de poeira, que também se localiza na eclíptica da esfera celeste quando visto da Terra, se mostra na forma de uma luz tênue que acompanha as constelações do zodíaco.


Obrigado pela sua visita e volte sempre!

                      
HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).

Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.


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