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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Explosão de Betelgeuse – quando poderá acontecer?

Caros Leitores;















Na altura em que este artigo foi escrito (18/02/2020), a comunidade cientifica tem estado a dar particular atenção à estrela Betelgeuse. Esta estrela tem desde há alguns meses chamado a atenção devido a uma inesperada diminuição abrupta de seu brilho, levantando alguma especulação de que Betelgeuse possa estar quase a explodir. É necessário algum cuidado com especulações. Será que Betelgeuse está mesmo quase a explodir? Ainda que esta seja uma possibilidade, é mais provável que uma eventual explosão de Betelgeuse não aconteça já. Assim, é importante conhecer melhor o que realmente se está a passar neste momento com esta estrela.

Aqui, no Site Astronomia, foi publicado em Abril de 2013 um artigo sobre a estrela Betelgeuse. De forma resumida podemos dizer que Betelgeuse é uma estrela supergigante vermelha que pode ser observada na constelação de Órion (ou Orionte). Ainda que não se saiba com rigor a distância desta estrela em relação a nós, estima-se que possa estar a cerca de 640 anos-luz de distância.

Até há poucos meses atrás, esta era uma estrela brilhante no nosso céu noturno, a segunda estrela mais brilhante da constelação de Órion. Entretanto, nos últimos meses esta estrela perdeu muito do seu brilho. Segundo um grupo de astrónomos que utilizaram o VLT (Very Large Telescope), a estrela já tinha perdido cerca de 36% do seu brilho normal (segundo notícia no site do ESO do dia 14/02/2020).

Anteriormente, já era aceite pelos astrónomos, o facto desta estrela estar no final de sua “vida”, esperando-se que esta estrela pudesse vir a explodir nos próximos milhares de anos, tornando-se numa supernova. Porém, esta grande diminuição de brilho veio criar a expectativa (com um pouco de especulação) de uma explosão iminente, mais cedo do que se pensava.

Os astrónomos que utilizaram o VLT, para além de terem observado a diminuição de brilho da estrela, observaram também uma aparente alteração na forma da estrela, aumentando ainda mais a expectativa de uma iminente explosão de Betelgeuse. Porém, estes astrónomos não pensam que a estrela esteja quase a explodir, mas segundo eles: “Os dois cenários em que estamos a trabalhar são um arrefecimento da superfície devido a atividade estelar excepcional ou ejeção de poeiras na nossa direção,”, apresentando a seguinte ressalva: “Claro que o nosso conhecimento de supergigantes vermelhas é ainda incompleto e este é um trabalho em curso, por isso podemos ainda ter alguma surpresa.

É verdade que existe uma pequena possibilidade de Betelgeuse explodir ainda nos nossos dias, tal não é impossível, porém não parece ser o cenário mais provável. É possível que tal fenómeno aconteça apenas daqui a uns milhares de anos, até mesmo só daqui a cem mil anos.  Seja como for, dada a grande distância de Betelgeuse em relação a nós, é importante referir que uma eventual explosão da estrela não causaria danos na vida do planeta Terra. Quando a estrela Betelgeuse explodir, é possível que durante alguns meses, venha a ter um brilho no nosso céu equivalente ao brilho da Lua cheia. A explosão de Betelgeuse será um acontecimento astronómico de grande relevância, porém não sabemos quando tal irá acontecer.
Naturalmente, esperam-se no futuro mais desenvolvimentos no que se refere à observação da estrela Betelgeuse, com o objetivo de saber o que se está a passar com esta estrela.











Betelgeuse antes e depois da diminuição de brilho. Crédito: ESO/M. Montargès et al.

Fonte:  Site Astronomia / 20-02-2020     
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HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia e Climatologia).

Membro da Society for Science and the Public (SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e ESA (European Space Agency).

Participa do projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela NASA.A partir de 2019, tornou-se membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.

Participa também do projeto The Globe Program / NASA Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e U.S Department of State.


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