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Pesquisadores rastrearam movimentos fora do comum de nuvens de gás no centro da galáxia. De acordo com estudo aceito pela publicação The Astrophysical Journal, o que eles identificaram pode ser um buraco negro do tipo mais difícil de encontrar.
Os cientistas concluíram que as nuvens de gás orbitam um objeto com 10 mil vezes a massa do Sol. No entanto, quando olham para o local onde o objeto deveria estar, não há nada.
A explicação mais plausível é de que seja um buraco negro quiescente, que não captura matéria e, portanto, não emite radiação detectável. Devido a essa característica, em vez de procurar pelos buracos negros, os cientistas procuram pelos efeitos deles em outros objetos próximos no espaço.
Esse é o quinto candidato, no centro da Galáxia, a se enquadrar nas características desse tipo de buraco negro. Assim, aumentam as evidências de que realmente existam buracos negros de massa intermediária.
O método já havia sido aplicado a um candidato a buraco negro intermediário com aproximadamente 32 mil massas solares. Agora, foi aplicado a uma nuvem de gás de alta velocidade. Ela é formada por três aglomerados menores. Um deles gira em torno do que parece ser um buraco negro intermediário, mas não é atraído por ele.
Buracos negros intermediários
Buracos negros com até 100 vezes a massa do Sol já foram identificados, o maior detectado tem 62 vezes a massa solar. Já os buracos negros supermassivos têm a partir de 100 mil vezes a massa solar e podem se tornar incompreensivelmente massivos.
Os buracos negros de massa intermediária ocupam uma classe entre esses outros dois tipos, com massa entre 1 mil e 100 mil vezes a massa solar. Como são difíceis de encontrar, foi levantado o questionamento se de fato eles existiam e, se a resposta fosse sim, qual o motivo de não serem encontrados.
O astrofísico Shunya Takekawa do Observatório Astronômico Nacional do Japão tem observado, com colegas, o movimento de nuvens de gás de alta velocidade no centro da Via Láctea.
Há outras formas de detectar buracos negros intermediários. Mas até agora os resultados da pesquisa indicam que, para procurar por eles, a busca por turbilhões de gás no centro da Via Láctea tem sido um método confiável. Ainda assim, um deles ainda precisa ser confirmado. [ScienceAlert, arXiv]
Fonte: HyperScience / Por Liliane Jochelavicius /19-02-2020
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HélioR.M.Cabral (Economista, Escritor e Divulgador de conteúdos da Astronomia, Astrofísica,
Astrobiologia e Climatologia).
Membro da Society for Science and the Public
(SSP) e assinante de conteúdos científicos da NASA (National Aeronautics and
Space Administration) e ESA (European Space Agency).
Participa do
projeto S`Cool Ground Observation (Observações de Nuvens) que é integrado ao
Projeto CERES (Clouds and Earth´s Radiant Energy System) administrado pela
NASA.A partir de 2019, tornou-se membro
da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), como astrônomo amador.
Participa também do projeto The Globe Program / NASA
Globe Cloud, um Programa de Ciência e Educação Worldwide, que também tem o
objetivo de monitorar o Clima em toda a Terra. Este projeto é patrocinado pela
NASA e National Science Fundation (NSF), e apoiado pela National Oceanic and Atmospheric
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